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quarta-feira, 27 de março de 2019

Superar paradigmas


  Hodiernamente, é crescente e evidente a violência e os desafios que a população negra sofre no cotidiano, como representado na charge de Alexandre Beck. O panorama atual é de medo das autoridades e dos abusos cometidos por quem deveria ter a função de proteger todos os cidadãos. Ademais, crianças com o tom de pele mais escuro acabam sofrendo mais precocemente, elas ainda não materializaram o racismo e as que já são conscientes de sua realidade social é devido experiências anteriores.
  Desse modo, sem apoio, acreditam que essa situação é normal e aceitam como se fosse algo pertencente à sua condição natural a diferença de tratamentos e de privilégios entre negros e brancos, criando assim um paradigma de auto inferiorização e desvalorização de sua identidade.
   Somado a isso, os estereótipos enraizados na realidade brasileira relacionam a cor da pele negra com a criminalidade e com situações socioeconômicas miseráveis, esses não possuem fundamentos científicos e são provenientes da mentalidade social pouco desenvolvida e herdada da escravocracia dos séculos anteriores.
  Para quem está distante dessa realidade ou não possui a cor do medo, é insólito imaginar-se nessas situações, porém, corroborando com o pensamento exposto na obra “Novo Organum” de Francis Bacon, é necessário despir-se dos ídolos, que contribuem para manutenção da realidade atual, e iniciar o questionamento do mundo que nos cerca.
  Portanto, para Rene Descartes e Francis Bacon é necessário questionar o cosmo, desnaturalizar e despir-se de preconceitos, sair do senso comum e das generalizações mecânicas para construir uma nova realidade, pautada em verdades cientificas, que devem ser usadas em favor do desenvolvimento humano e em benefício do bem estar coletivo.

Gabriella Natalino - 1º ano, Direito Matutino


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