Bacon criou o método empírico-indutivo, em que o ser humano, através da experiência, chega ao conhecimento e é capaz de controlar a natureza e usá-la a seu favor. Contudo, o indivíduo deve ''limpar a sua mente'' e desfazer-se dos ídolos que tem dentro de si. Nesse texto, focaremos apenas nos ídolos da tribo e nos ídolos da caverna. que são o senso comum ou conceitos atrelados em bases da sociedade e os preconceitos, respectivamente. Por outro lado, Descartes afirma que o ser humano pode emancipar-se pela razão, utilizando o método cartesiano, que tem como epicentro a dúvida. É apenas através da dúvida que o indivíduo pode chegar a plena consciência e usar a natureza a seu favor, assim como propunha Bacon. Apesar de ambos os filósofos divergirem na forma como adquire-se o conhecimento, ambos afunilam para o mesmo ponto: o conhecimento humano.
Diante desse contexto, relacionamos o empirismo e a dúvida na forma como o policial trata a criança negra Camilo na tira. Analisando pelo empirismo, o policial, que representa na tira as forças armadas, não ''limpou'' sua mente dos ídolos da tribo e da caverna, isto é, associou Camilo ao crime ao desconfiar da procedência da bicicleta, pedindo que a comprovasse pela nota fiscal, evidenciando o preconceito e conceitos errôneos atrelados na sociedade sobre o negro, o qual acarreta na permanência do racismo estrutural na sociedade brasileira. Analisando pelo método cartesiano, não houve o questionamento por parte do policial se Camilo, que é uma criança, de fato fosse um infrator, mas sim uma certeza, destoando de Descartes que defende a dúvida como princípio da busca pelo conhecimento.
Compreende-se, assim que a Ciência Moderna, com bases no século XVI é atual no século XXI, já que preconceitos são tão atuais quanto os ídolos de Bacon, que dizia há mais de 400 anos atrás que a emancipação humana começa pelo descolamento do senso comum e dos preconceitos da mente, assim como Descartes dizia que a dúvida deve ser o princípio da emancipação e não a certeza, contribuindo para uma melhor vivência entre os indivíduos consigo mesmo e com outros indivíduos, para que acontecimentos evidenciados pela tira não tenham mais espaço na sociedade.
Lucas Gomes Granero - Direito Noturno (1° ano)
Diante desse contexto, relacionamos o empirismo e a dúvida na forma como o policial trata a criança negra Camilo na tira. Analisando pelo empirismo, o policial, que representa na tira as forças armadas, não ''limpou'' sua mente dos ídolos da tribo e da caverna, isto é, associou Camilo ao crime ao desconfiar da procedência da bicicleta, pedindo que a comprovasse pela nota fiscal, evidenciando o preconceito e conceitos errôneos atrelados na sociedade sobre o negro, o qual acarreta na permanência do racismo estrutural na sociedade brasileira. Analisando pelo método cartesiano, não houve o questionamento por parte do policial se Camilo, que é uma criança, de fato fosse um infrator, mas sim uma certeza, destoando de Descartes que defende a dúvida como princípio da busca pelo conhecimento.
Compreende-se, assim que a Ciência Moderna, com bases no século XVI é atual no século XXI, já que preconceitos são tão atuais quanto os ídolos de Bacon, que dizia há mais de 400 anos atrás que a emancipação humana começa pelo descolamento do senso comum e dos preconceitos da mente, assim como Descartes dizia que a dúvida deve ser o princípio da emancipação e não a certeza, contribuindo para uma melhor vivência entre os indivíduos consigo mesmo e com outros indivíduos, para que acontecimentos evidenciados pela tira não tenham mais espaço na sociedade.
Lucas Gomes Granero - Direito Noturno (1° ano)
Nenhum comentário:
Postar um comentário