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quarta-feira, 27 de março de 2019

Porque ou Por quê?




  Na selva de concreto de uma grande cidade
floria entre dois meninos uma boa amizade,
entre Armandinho e Camilo, não havia separação
Armando branco, Camilo preto, em plena união.

  Certo dia, porém, a brincadeira cessou
quando racismo, o menino negro enfrentou
na corrida,na  pedalada, sempre vigiado pela polícia,
teve sua vida olhada com malícia.

Entre Armandinho e Camilo, sim, havia distinção.

  Então, em sua infantilidade, Armandinho questiona
Racismo? De onde veio isso á tona?
Deu um branco em sua tenra razão
e com a dúvida e tal experimentação
ciência moderna fez, então.

  Mal sabiam os meninos, entretanto,
Que Descartes também olhava com espanto
aos cegos por suas próprias convicções,
perdedores da verdadeira ciência de experimentações.

   Estes sujeitos, Bacon explicava,
eram repletos de ídolos, a falsa percepção reinava,
afastando a cura da mente
pela idolatria dos foros, repletos de gente,
cuja relação social engendra falsas teorias
transformando, historicamente, seres humanos em mercadorias.

  E assim, a história continua
cumulando conhecimentos para que, um dia, diminua
essas más realidades, contrárias ao nosso bem estar,
vazias de tanto a mente laborar.

  Finalmente, gratidão,
pelos "por quês?" das crianças, como da ilustração
Porque se penso, logo existo,
Pelos por quês, resisto.

Julia Jacob Alonso - 1º  ano - Direito matutino

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