Descrições, rótulos, desigualdades e medo ainda presente na realidade do jovem negro. A experiência vivida e presenciada por falas segregadoras - como deduzir que exista um critério de cor de pele para a realização de crimes- leva a pessoas pardas e negras a tomarem medidas que o indivíduo branco não teria. Nisso, a exemplo de uma situação, a autoridade de segurança banhanda em pré-conceitos realizados pela a antecipação da mente se torna imparcial na sua conduta. "E a nota fiscal?". As mãos trêmulas ao tocarem aquele simples papel de comprovante, se torna valioso na pele de quem o carrega. Vale a sua vida. Assim, acreditasse que para o filósofo inglês não exista uma verdade universal, mas muitas que derivam da prática vivenciada por cada pessoa.
Descrições, rótulos, desigualdades e medo ainda estão muito presentes na vida de um jovem negro. Nesse sentido, a simples ação de acordar e ir à escola para o elemento branco e classe média é o medo do jovem negro e pobre, não apenas dele, mas de toda sua família. Nisso, a dor da perda e o aperto no coração penetra no peito dos familiares do jovem de 14 anos. Marcos Vinicius. Foi baleado e morto na região do Complexo da Maré a caminho da sala de aula em 2018. Nesse instante, o jovem que, pleiteava por socorros ainda com consciência proferiu a seguinte fala " ele nao viu que eu estava com roupas da escola mãe?" cenas como essa ocorrem diariamente em comunidades periféricas pelo Brasil. Assim, o medo e a instabilidade de não voltar para a casa alastra-se por todos os cidadãos negros e torna notas fiscais tangente a uma vida.
Descrições, rótulos, desigualdades e medo presentes na vida de um jovem negro continuarão existindo quando a população acreditar que brancos e negros apresentam realidades paralelas e igualitárias. É ignorar todos os dias o sofrimento. É corroborar para uma sociedade embaralhada em discriminação. É corresponder aos idolos da caverna, que para Bacon era um bloqueador da mente humana, é a individualidade e a influência do meio. As falsas percepções do mundo ainda assombram os tecidos sociais.
Ana Laura Albano, Direito - Noturno
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