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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Justiça em pedaços

O filme "Código de Conduta" evidencia uma triste e recorrente realidade encontrada no âmbito judicial. O promotor faz um acordo com o assassino da esposa e filha do personagem e protagonista Clyde. Este não satisfeito com a punição é movido pela passionalidade e decide mostrar a todos os integrantes do sistema suas falhas e injustiças.


Clyde quer fazer "justiça com as próprias mãos". Evidentemente, este não é um bom método e os meios utilizados não são justificáveis, entretanto, a sensação de incapacidade frente a um sistema corrupto mobilizou o personagem a mostrar a todos os envolvidos que não estavam cumprindo com o dever que lhes fora confiado pela sociedade.


"Alguma justiça é melhor que nenhuma", frase proferida pelo promotor é digna de muita reflexão. Tomando como exemplo a próprio conflito do filme, vemos que um dos assassinos é condenado à morte enquanto o outro fica impune. Não é, pois, melhor alguma justiça do que nenhuma; o necessário é simplesmente justiça, pois ela deve ser integral e não realizada em partes, caso contrário perde sua essência.

A grande problemática fica em torno de como proceder frente à injustiça, já que não podemos voltar séculos atrás, quando a justiça não era matéria de órgãos específicos como acontece atualmente, mas realizada segundo a consciência de cada um. Devemos, portanto, proceder como Clyde? É óbvio que não. Devemos lutar pela justiça de maneira legal e como futuros profissionais do direito precisamos agir para que a justiça seja inteira e nunca apenas uma parcela.

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