O filme Código de Conduta de 2009, apesar de ser uma história inventada, tenta mostrar o lado "podre" do processo penal norte-americano. Ele mostra um promotor que estaria disposto a acordos com assassinos para conseguir o que quer e a jornada de um pai de família que buscar sua justiça com as próprias mãos
O clamor das ruas de Clyde e a 'arte do possível' de Nick duelam durante todo o filme. O promotor Nick faz parte do sistema penal deficitário norte-americano. Ele se utiliza de acordos e não fez esforços para levar a julgamento assassinos da família de Clayde. Já este, tenta fazer justiça com as próprias mãos e para isso promove a morte dos envolvidos do sistema penal que fizeram pouco caso da família de Clyde.
A verdade é que ambos estão longe da justiça ou de fazer o correto. Apesar que o problema, na minha opinião, começa com a promotoria deficitária. O desejo de vingança de Clyde é algo que poderia acontecer com muitas pessoas que tivessem vivenciado o que ele vivenciou. Assim como diz Nick, o sistema é imperfeito, e essa deficiência que levou e leva assassinos hediondos a ficarem livres ou cumprirem pouco tempo de prisão.
Desde a imcompetência dos médicos forenses na análise do DNA, desde a promotoria e a juíza, todos partes de um sistema que acredito que também é deficitário no Brasil. O direito que se aprende nas escolas é o direito dos direitos das pessoas, do direito de justiça, do direito de igualdade. Esses direitos não foram aplicados nem por Nick nem por Clyde. A justiça com as próprias mãos não é a saída, senão estaríamos voltando para a Idade Média. Mas também, a justiça do possível não é suficiente para a população.
A que justiça então podemos recorrer? Infelizmente temos que aceitar o sistema deficitário enquanto não há uma solução, caso contrário, se todos agissem como Clyde não haveria mais força policial nem promotoria. O sistema penal não é perfeito, mas a bárbarie é muito menos.
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