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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Meia justiça ainda é justiça?


O filme "Código de Conduta", do diretor Gary Gray, demonstra o sistema penal estadunidense e algumas de suas falhas ao contar a história de vingança de Clyde Shelton (protagonista interpretado por Gerard Butler) contra o sistema pelo julgamento que considerou injusto dos criminosos que assassinaram brutalmente sua famíla. O promotor Nick Rice (também protagonista, interpretado por Jamie Foxx) fez um acordo no qual a pena de um dos assassinos foi reduzida por ter deposto contra seu parceiro, que enfrentou a pena de morte.

A partir daí que é possível desenvolver a discussão abordada pelo filme. Seria alguma justiça melhor do que nenhuma justiça? Na opinião do promotor, sim. Na opinião de Clyde, não. E é esse embate que move o filme, com Clyde usando todas as artimanhas possíveis para expor os erros desse sistema frio e apático e derrubá-lo peça por peça. Trabalhando com essas duas visões opostas, o filme faz com que o espectador também pense nessa questão, apresentando argumentos para ambos os lados sem deixar claro quem é o mocinho e quem é o vilão, deixando esse julgamento também para o espectador.

Com tanto deixado para o subjetivo, o embate alguma justiça melhor que nenhuma encontra o mesmo destino. Mas pela visão emotiva e crua com que o filme trata os crimes, no primeira momento parece impossível não torcer por Clyde e toda a genialidade de seu plano, mas analizando mais friamente o outro lado da moeda se torna mais claro. Afinal, dentro desse sistema incompleto e cheio de buracos, alguma jusitça realmente é melhor que nenhuma.

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