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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

LIBERDADE, NÃO DEIXE DE ABRIR SUAS ASAS SOBRE NÓS

Ao pensarmos em uma Sociedade ideal para o Século XXI, devemos, entre outros pontos, acreditar que ela apresente uma Justiça amparada no racional e com a presença de uma proporcionalidade entre o delito cometido, sua influência na Sociedade e sua pena.


Essa seria, realmente, a forma de forma Judicial que deveria ser esperada e que atingiria seu reais fins, se não fosse, é claro, algo tão utópico. A obra de Durkheim acaba sendo extremamente atual, e ele, diferente dos indivíduos que atualmente criam, aplicam e vivem as normas jurídicas, não acreditaria como tantos anos após a publicação de seu texto vive-se em uma Sociedade de características mecânicas, ou melhor dizendo, de características tão primitivas.

É inimaginável que consigam conviver tão próximas as mentes que criam tecnologias nunca vistas, que sejam capazes de transformar o mundo de forma ímpar e aquelas que, seja por influência da religião, tradição ou cultura, acabem se deixando levar a ajam de forma à não considerar, e muitas vezes, criticar de forma irredutível, atos, que mesmo sem embasamento algum, são tidos para eles como crimes.

Durkheim coloca que nas Sociedades Mecânicas, a norma penal é proporcional à como ela é sentida pelo corpo social, transformando o Direito Penal em algo de difícil mudança, além de ser capaz de transformar a pena em algo passional, a qual vai além do indivíduo. É à partir de pontos tão ultrapassados e extremistas como estes, que surgem, nas atuais sociedades os pensamentos que se preocupam com o surgimentos da anomia, ou seja, a ausência de Leis.
Tal preocupação surge ao se considerar que fossem concebidas as liberdades que se clamam atualmente, liberdades contemporâneas, que segundo seus opositores, seriam o ponto de partida de uma anarquia. Entretanto, aqueles que pedem por tais liberdades, não buscam dizimar a ordem social, sua clemência é apenas pela aceitação e respeito de seus ideais, sendo que aqueles que os colocam como fonte de desordem, são quem deveria se preocupar em não destruir este importante alicerce social, uma vez que esquecem de distanciar seus pensamentos, falas e teses de fatores capazes de cegarem sua opiniões e de tornarem impossível enxergar que talvez sejam suas paixões exacerbadas, o verdadeiro perigo à Coesão Social, pois se refletirmos um pouco, tais pensamentos apaixonados são mais propícios à criarem a anomia, ou colocar como fontes de anarquia tais defesas não é um ato de supressão da liberdade, ideal de importância ímpar dentro do direito e consequentemente das leis?

Então, os defensores, mesmo os não assumidos, de tal intolerância, devem se preocupar com a supressão do ideal em questão, que em toda a história da humanidade vem sendo esquecido e tido muitas vezes como supérfluo, pois o real perigo está no surgimento de uma anomia baseada em extremismos, a qual, além da ausência de leis, conteria uma liberdade, que talvez, não mais abrisse sua asas sobre nós.

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