Nas sociedades primitivas, segundo o pensamento de Émile Durkheim, prevalece a solidariedade mecânica – caracterizada principalmente por uma consciência coletiva que exige um Direito coberto de passionalidade.
À medida que as sociedades de tornam mais complexas, a racionalidade vai tomando conta de todos os aspectos do convívio social, e não é diferente do Direito, já que ele expressa o tipo de sociedade em que se vive.
No Brasil, no entanto, sua sociedade não pode se considerar orgânica – e portanto racional – tanto quanto gostaria de ser. Em um país que diz ter um Estado laico, vimos uma guerra eleitoral entre os dois principais presidenciáveis entorno de uma discussão sobre o aborto.
Não é só na política que vemos as paixões dos seres humanos serem usadas como arma. No futebol, por exemplo, a euforia que se tem quando seu time ganha e a decepção de quando perde, movimenta gerações não só no Brasil mas na Inglaterra e em outros tantos países também, tornando verdadeiros campos de batalha os estádios.
Embora seja preferível uma sociedade racional, é utopia pensar que um dia homens e mulheres conseguirão botar suas paixões de lado em prol de um bem maior. A população, por mais inteligente que venha a ser, sempre enfrentará um embate entre seus desejos e sua ética. O ser humano tem sede por justiça, ou melhor, vingança; é o instinto de auto-sobrevivência falando mais alto – e isso é o que nos aproxima dos animais, porém não se pode negar que são nossas paixões que nos fazem humanos.
Nome: Jackeline Ferreira da Costa – 1º ano Direito Matutino
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