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domingo, 18 de julho de 2021

Negacionismo: um empecilho para o progresso.

    O positivismo é uma corrente filosófica que, segundo Augusto Comte, propõe o conhecimento cientifico como única verdade, sendo este instrumentado na racionalidade e observação, logo, é desconsiderado todo conhecimento que não possa ser comprovado cientificamente. A frase “o amor por princípio, a ordem por baixo e o progresso por cima” utilizada por Comte influenciou no lema “ordem e progresso” que desde 1889 é empregada por diversos países, inclusive o Brasil. No entanto, nem sempre tal conceito é aplicado de forma correta, é muito comum ocorrer distorções, como é feito pelo presidente da república do Brasil.

    A frase “ordem e progresso” foi admitida como lema na bandeira nacional, afim de manifestar o seu ideal positivista, visando sempre ascender cientificamente. Contudo, atualmente, o presidente da república utiliza-se do lema para manter a tradição antiga, negando o avanço da sociedade e ciência. Uma exemplificação disso está no fato de que Jair Bolsonaro facilitou o acesso aos brasileiros às armas de fogo, visto que ele assinou 30 normas que abrandam as exigências para posse e porte. É notório, por apenas observação ou pesquisas aprofundadas, que o uso de armas de fogo acarretará em aumento nas estatísticas de violência letal e que um dos caminhos para a diminuir seria através da educação e segurança pública governamental.

    Além disso, de acordo com o positivismo, que pauta o progresso por meio da ciência, é de extrema importância o investimento na educação desde os níveis mais básicos. Todavia, mais uma vez, no governo atual isso é banalizado, vide a falta e diminuição de orçamentos nas instituições educacionais públicas. Tal descaso precariza a permanência das faculdades, como ocorre na UFRJ que se encontra ameaçada e enfrenta riscos de fechamento em virtude do corte de verbas que sofreu nos anos de 2020 e 2021.  

    Portanto, a utilização desse lema pelo atual governo é uma distorção do que realmente o positivismo propõe. O negacionismo das atuais necessidades nacionais e a realização de atitudes que minimizam gastos federais, mas que maximizam problemas públicos, acarretam em consequências maiores, gerando um grande retrocesso temerário para a sociedade brasileira. Ademais, a banalização da ciência é o maior mal do século, uma vez que é através dela que se alcança o progresso e consequentemente, a ordem.

    Luana Silva Araújo Souza - 1ºAno Noturno

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