Inserido
num contexto de agitação revolucionária, Auguste Comte busca entender a
sociedade não mais através de um pensamento teológico, mas de uma maneira que
fosse possível intervir nas relações sociais, para isso, criou uma ciência que
se assemelhava a newtoniana, ele não buscava a essência das coisas, mas sim a
vinculação entre elas, dessa maneira surgiu o pensamento positivo, que nada
mais é que a ideia de superar as fontes que não tivessem certeza ou que não
fossem útil. O filosofo prezava muito pelo lema “ordem e progresso”, dizendo
que é a partir da ordem que se tem o progresso, entretanto, trazendo as ideias
dele para atualidade, não se pode dizer que essas são válidas, pois essa
metodologia claramente é limitada a um grupo de pessoas: a elite dos homens
brancos e heterossexuais.
Para
que os indivíduos fossem felizes, para Auguste, seria preciso por as necessidades
da sociedade acima do pessoal, por exemplo, aqueles que trabalham mais e
recebem menos deveriam aceitar a situação para não gerar uma desarmonia na
sociedade, daí vem à ideia de que todo trabalho é digno. Certamente esse é um
pensamento absurdo, pois, se ninguém tivesse a ganância de subir de cargo ou de
pedir condições melhores de trabalho o mundo estaria em total retrocesso e
ajudaria, ainda mais, a classe alta a tirar vantagem sobre os desfavorecidos.
De
modo geral, o positivismo é excludente e pensa em beneficiar somente aqueles
que já são beneficiados, o seu conservadorismo colabora diretamente com a
desigualdade social, na dificuldade de reintegrar o preso a sociedade, uma vez
que não pensa em tratar do assunto pela essência, mas somente pelo problema momentâneo
e contribui na manutenção do machismo e do preconceito. É preciso tomar muito
cuidado com o rumo que o Brasil está tomando, me parece que a corrente filosófica
criada no séc. XIX está tomando cada vez mais espaço na atual sociedade, o fato
de ter uma pessoa conservadora no comando do país faz com que isso ocorra.
Julia Piva, direito noturno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário