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quarta-feira, 20 de junho de 2018

Mudanças

Marcio Pochmann nos deu a honra de sua presença na noite do dia 14 na Unesp, o inicio de sua palestra foi marcante pela fala “Nós não estamos vivendo um período de mudanças, mas sim a mudança de um período”, muito me lembrou das teorias Ocidentalocêntricas dos movimentos sociais que como Boaventura de Sousa Santos bem exemplifica "têm vindo a propor uma distinção chave entre novos e velhos movimentos sociais" (SANTOS, 345), esta diferenciação fica clara quando analizamos a obra de Doug McAdam, Sidney Tarrow, na qual estes autores deixam transparecer a importância da democracia e de movimentos que tem a origem dela ou que lutam por ela, fazendo com que estes movimentos sejam tratados como movimentos novos, um exemplo disto é a Primavera Árabe.
O Economista Pochmann atribui a uma parte da mudança de nosso período as interações sociais realizadas em redes sociais, nas quais movimentos estão sendo decididos e formulados no WhatsApp (artigo da BBC) como o movimento dos caminhoneiros. Hoje ouso dizer que antes do direito ser ocupado nas ruas, ele é ocupado em uma rede social, seja em um grupo de WhatsApp, ou em um evento no Facebook. 
Segundo Boaventura "Aos protestos e mobilizações que tiveram lugar em diferentes regiões do mundo em 2011-2013, atribuí a denominação genérica de "revolta de indignação"" (SANTOS, 351), em minha opinião a revolta dos indignados não ficou limitado a estes anos, mas ainda esta presente em nossos dias, estes movimentos tem um surgimento inesperado, e lutam por direitos.
O Pochman declarou que somente as igrejas neopetencostais e os crimes organizados, entendem esse novo modelo de sociedade, pois, segundo ele, as igrejas e o tráfico sempre estão oferecendo novas possibilidades, novos horizontes e recrutando assim novos seguidores, eu me lembrei de uma entrevista do mano Brown que ele fala no fim da entrevista sobre a violência contra a população pobre e negra.
 "Vai ver hoje, vai no norte e Nordeste, Fortaleza campeã de homicídio no Brasil, ai vêm Maceio, ai vêm salvador, Recife, pa, pa, pa, morre preto pra Cara***, se na época do lula já era difícil, imagina agora parça, acha que alguém vai estar ligando? Acha que estes caras vão estar ligando para o que esta acontecendo no interior do nordeste, ai os muleques virão facção memo, para se defenfer, para se proteger, um proteger o outro, ai o crime organizado vai ganhar força mesmo, porque o crime organizado esta atuando faz muito tempo, já ta em Brasilia, o crime organizado, então as facções vão se organizar no gbrasil todo para se proteger e poder sobreviver, mano. Se você pega um cara que é abandonado sem família, sem ninguém, acolhe ele e da um nome pra ele, dá uma sigla pra ele defender uma família pra defender ele e ele defender, ele não valoriza o cara?"
O Brown é questionado se isto não seria "status?".
 "Não, "Status" é um slogan, o cara te da família, te da honra, te da motivo pra viver, isto é status? "Status" é uma palavra "chula" perto disto tudo, a gente não quer status, a gente quer sobreviver negão" 
Quando a população não tem mais esperança, ele vira criança e pede um salvador, seja ele de direita ou esquerda, seja indo para uma facção ou pedindo militar na rua, quando em um ato pacifico sofre violência policial (SANTOS, 354) corre para facção, quando sofre violência da facção corre para os militares. 


Denis Benedito Cunha
Evandro Oliveira Silva
Matheus Farias Gabao dos Santos
Rafael Lima Rodrigues Arantes

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