Na palestra de 14 de maio, Márcio Pochmann defendeu a
principal tese de que o Brasil tem passado por um período de mudanças
constantes, devido ao capitalismo, às globalizações e ao sistema político.
Muito se deve à tecnologia também, que ter servido como um instrumento de
organização dentro da sociedade, como no caso de movimentos sociais. Contudo,
na visão de Boaventura de Sousa Santos, muitas dessas manifestações, como as
que ocorreram no Brasil no início da década de 2010, não veem o Direito com
bons olhos, adotando cada vez mais um caráter anárquico e servindo aos
interesses das classes dominantes.
De acordo com o palestrante, é justamente por estarmos
vivendo em um período de tanta importância na história que precisamos
interpretar as mudanças para promover melhorias para o futuro. É necessário que
reunamos forças ao encontrar pontos de intersecção social para que o progresso
por meio da união se concretize. Um desses pontos é justamente a escola, um dos
poucos lugares em que se pode exercer a sociabilidade hoje em dia. Para
Boaventura de Sousa Santos, essa situação poderia se relacionar com o que ele
chama de Direito reconfigurativo, um direito que representa a tentativa de
mudar as situações de desigualdade existentes, como a concentração de terras e
tributações exageradas aos mais pobres, citadas na palestra, sendo o Direito
utilizado de uma maneira contra hegemônica nesta situação.
Pode-se dizer que Márcio Pochmann exprime uma visão muito otimista
sobre a realidade. Para ele, a sociedade é plenamente capaz de caminhar com as
próprias pernas a partir do momento em que ela se une em prol dos mesmos
objetivos. Há apenas uma coisa que interfere: o medo de fazer diferente, de
mudar. Porém, não há como esperar resultados
diferentes fazendo sempre a mesma
coisa.
Angélica Miguel Cardoso; Bárbara Tolini; Felipe de Moraes Miler Bucioli; Pedro Augusto Giunti Caruzo de Araújo; João Manuel Pereira Eça Neves Da Fontoura; Gabrielle Stephanie Reis dos Santos
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