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quarta-feira, 20 de junho de 2018


Na palestra de 14 de maio, Márcio Pochmann defendeu a principal tese de que o Brasil tem passado por um período de mudanças constantes, devido ao capitalismo, às globalizações e ao sistema político. Muito se deve à tecnologia também, que ter servido como um instrumento de organização dentro da sociedade, como no caso de movimentos sociais. Contudo, na visão de Boaventura de Sousa Santos, muitas dessas manifestações, como as que ocorreram no Brasil no início da década de 2010, não veem o Direito com bons olhos, adotando cada vez mais um caráter anárquico e servindo aos interesses das classes dominantes.

De acordo com o palestrante, é justamente por estarmos vivendo em um período de tanta importância na história que precisamos interpretar as mudanças para promover melhorias para o futuro. É necessário que reunamos forças ao encontrar pontos de intersecção social para que o progresso por meio da união se concretize. Um desses pontos é justamente a escola, um dos poucos lugares em que se pode exercer a sociabilidade hoje em dia. Para Boaventura de Sousa Santos, essa situação poderia se relacionar com o que ele chama de Direito reconfigurativo, um direito que representa a tentativa de mudar as situações de desigualdade existentes, como a concentração de terras e tributações exageradas aos mais pobres, citadas na palestra, sendo o Direito utilizado de uma maneira contra hegemônica nesta situação.

Pode-se dizer que Márcio Pochmann exprime uma visão muito otimista sobre a realidade. Para ele, a sociedade é plenamente capaz de caminhar com as próprias pernas a partir do momento em que ela se une em prol dos mesmos objetivos. Há apenas uma coisa que interfere: o medo de fazer diferente, de mudar. Porém, não há como esperar resultados 
diferentes fazendo sempre a mesma coisa.



Angélica Miguel Cardoso; Bárbara Tolini; Felipe de Moraes Miler Bucioli; Pedro Augusto Giunti Caruzo de Araújo; João Manuel Pereira Eça Neves Da Fontoura; Gabrielle Stephanie Reis dos Santos

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