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segunda-feira, 15 de outubro de 2012


Através da análise de Weber, pode-se observar que desde a antiguidade, há preocupação e necessidade de um artifício que concretize determinadas ideias e relações, seria uma forma inicial de contrato. Entretanto essa ideia de contrato difere da definição que temos atualmente: o contrato poderia ser considerado uma forma de confraternização, como por exemplo o contrato de sangue, que carrega em si "elementos mágicos".
O não cumprimento desse contrato não acarretava penalidades e nem a necessidade que se deva zelar a um contrato, como existe hoje.  Tem-se portanto pessoas que se relacionavam por terem algo em comum, por acreditarem em certas ideias e então o contrato surgia como uma forma de demonstrar a confiança, a confraternização.
Mas com o passar do tempo, observa-se a evolução do contrato, que agora trata diversas relações humanas com total formato sistemático, ele existe em todas as relações humanas, é como se fosse o papel necessário a todas relações: ele defende interesses, é prova para punições, é utilizado como arma letal (ESTÁ AQUI NO CONTRATO). A mecanicidade dele   acaba por não levar em conta os aspectos humanos, é assim porque está no contrato, não há como mudar. É ele que relaciona estranhos entre si, que nunca conversaram sobre os gostos, comida, a vida, opinião política e social, não, existe um contrato que relaciona eles, mesmo se possuírem ideias contrárias, os vínculos existentes entre essas pessoas são calculados, frios e definidos por folhas de papel.
E é dessa forma que o contrato, como tentativa infalível do cumprimento de determinados atos, tornou-se de certa forma um “desumanizador” nas relações humanas, pois ao efetuar um contrato, cria-se uma relação de poder entre ambas as partes, sem que elas se pronunciem, se conheçam ,cria-se uma disputa de interesses, o contrato tem por simples e complexa função garantir os direitos dos contratantes.
Há portanto a impessoalidade do direito, que é cada vez mais atenuado na modernidade e  com a racionalização, há a impessoalidade das relações, ou seja, perda da humanidade no próprio ser humano





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