Através da análise de Weber,
pode-se observar que desde a antiguidade, há preocupação e necessidade de um
artifício que concretize determinadas ideias e relações, seria uma forma
inicial de contrato. Entretanto essa ideia de contrato difere da definição que
temos atualmente: o contrato poderia ser considerado uma forma de
confraternização, como por exemplo o contrato de sangue, que carrega em si
"elementos mágicos".
O não cumprimento desse
contrato não acarretava penalidades e nem a necessidade que se deva zelar a um
contrato, como existe hoje. Tem-se
portanto pessoas que se relacionavam por terem algo em comum, por acreditarem
em certas ideias e então o contrato surgia como uma forma de demonstrar a
confiança, a confraternização.
Mas com o passar do tempo,
observa-se a evolução do contrato, que agora trata diversas relações humanas
com total formato sistemático, ele existe em todas as relações humanas, é como
se fosse o papel necessário a todas relações: ele defende interesses, é prova
para punições, é utilizado como arma letal (ESTÁ AQUI NO CONTRATO). A
mecanicidade dele acaba por não levar
em conta os aspectos humanos, é assim porque está no contrato, não há como
mudar. É ele que relaciona estranhos entre si, que nunca conversaram sobre os
gostos, comida, a vida, opinião política e social, não, existe um contrato que
relaciona eles, mesmo se possuírem ideias contrárias, os vínculos existentes
entre essas pessoas são calculados, frios e definidos por folhas de papel.
E é dessa forma que o
contrato, como tentativa infalível do cumprimento de determinados atos,
tornou-se de certa forma um “desumanizador” nas relações humanas, pois ao
efetuar um contrato, cria-se uma relação de poder entre ambas as partes, sem
que elas se pronunciem, se conheçam ,cria-se uma disputa de interesses, o
contrato tem por simples e complexa função garantir os direitos dos
contratantes.
Há portanto a impessoalidade
do direito, que é cada vez mais atenuado na modernidade e com a racionalização, há a impessoalidade das
relações, ou seja, perda da humanidade no próprio ser humano
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