Não é nenhuma novidade que a
racionalidade é uma das características mais marcantes da sociedade moderna e
esta racionalidade está infiltrada em muitos aspectos dos relacionamentos
humanos, sejam eles financeiros, administrativos, trabalhistas e até mesmo afetivos.
Esta racionalidade pode encontrar
corpo na cultura contratualista em que vivemos, afinal, são eles que regulam as
relações citadas acima (o casamento não é, afinal, um contrato jurídico?). São
estes contratos que exprimem as vontades dos contratantes e garantem que as
partes devem respeitar o que neles for estabelecido.
Apesar de parecer, em uma análise
primeira, que esta cultura contratualista traz uma frieza às relações sociais,
que se transforma os anseios humanos em papel, este tipo de interação traz mais
praticidade, a meu ver, às relações humanas. Relações estas que estão se
tornando cada vez mais constantes e intensas, cada vez mais os homens buscam
estabelecer interações principalmente financeiras uns com os outros.
Os contratos em si fazem valer
então um direito pré-estabelecido pelos próprios contratantes pois aquele que
não cumpre com sua parte, está desobedecendo algo imposto por sua própria
vontade. Cabe, então, à justiça pautar o que deve ou não estar contido nos
contratos redigidos pelos próprios contratantes e se ali se encontra de fato a
vontade destes ou se está ocorrendo algum abuso por alguma das partes.
Alguns podem dizer que a cultura
contratualista existe apenas para burocratizar a sociedade e afastar o homem de
sua humanidade, mas a realidade é que esta cultura torna maior a praticidade
das relações humanas e é ela que muitas vezes faz valer o direito dos homens.
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