Na obra Economia e Sociedade
(volume II), de Max Weber, encontramos uma das análises mais fundamentais para
o entendimento a respeito dos processos que foram gerados por meio da
globalização dentro das várias esferas do conhecimento. Principalmente, dentro
das matérias que estruturam o direito, o que revela a importância desse autor
para os operadores do direito. Além dele, muitos outros pensadores como Habermas
e Durkheim sentiram o anseio de explicar e analisar as transformações
realizadas pelo processo de globalização dentro das matérias legais.
Tais
anseios e as teorias, frutos destes, nos mostram como o tema tratado por todos
esses autores permanece atual e mais como é necessário buscar entendê-lo para fomentar
nossas próprias respostas às perguntas que nos são dadas cotidianamente. Pois
Durkheim, Weber, Habermas, não estão nos falando de coisas passadas e sim de
discussões tão atuais que cercam desde a vida do mais miserável dos indivíduos
até daqueles que ocupam as cadeiras em nosso Planalto. Que estão a todo o
momento sendo postas em cheque por programas como Brasil Urgente e também por
canais como a TV Senado. Que estão cravadas tanto no “rap” das favelas como no
pop/rock de bandas como Legião Urbana e Engenheiros do Havaí. E que pode ser
resumida na transformação econômica e social, a qual proporcionou a alta
mecanização do “direito” e também o alto grau de especialização de suas
matérias ocasionando uma maior cientificidade para as questões do judiciário;
mas que, todavia, permitem o distanciamento dos indivíduos ocasionando também
um maior distanciamento das questões éticas o que, muitas vezes, pode levar a
aprovação de instâncias que rompem com os conceitos de justiça e consciência
coletiva, que viemos reunindo desde os gregos e fora reclamados e exaltados
pelos iluministas.
Portanto,
não é prudente ignorarmos os estudos desses autores se queremos pensar e mais
do que isto modificar o direito. Pois, embora esses grandes sociólogos e
filósofos discordem sobre diversos pontos a respeito dessas modificações todos
deixam a ressalva de que se levarmos as matérias legais em um sentido
extremamente normativo, poderemos cair em diversos erros como fora no passado
os governos totalitários, além de alavancarmos o distanciamento dos indivíduos
dentro de nossas sociedades.
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