O ato de caracterizar a sociologia de Weber como um "individualismo metodológico" pode gerar certa confusão. Não se deve entender o pensamento weberiano como portador de nuances pertencentes a um individualismo econômico. A característica individualista do método em questão se dá em razão do valor que Weber atribui às ações dos indivíduos dentro da sociedade.
Para ele, portanto, a função essencial da sociologia é compreender o sentido das ações sociais. Reitero: essas ações sociais emanam dos indivíduos, daí a primazia supracitada. Compreendendo tais ações, cabe também à sociologia estabelecer seu curso efetivo - qual é o sentido de tal ação?
Segundo Weber, o indivíduo realiza suas ações baseado em seus valores. Dentro de uma gama de valores, o ator social escolhe uma posição que leva, consequentemente, a determinado tipo de ação social. Além disso, Max Weber compreende a grande complexidade das ações sociais. Para ele, estas seriam de quatro tipos: racionais (visando um objetivo OU visando um valor); afetiva (com características passionais) ou tradicional (baseada em hábitos e crenças).
Uma outra parte importantíssima da linha de pensamento weberiana é o permanente debate com Karl Marx. Weber critica a ideia quase que determinista decorrente do materialismo histórico proposto por Marx. Weber tenta ir além: ameniza a luta de classes, alegando que esta rebaixaria as demais causas da desigualdade. Weber, se comparado a Marx, dá menor importância à dominação estritamente econômica - reconhece que há inúmeros outros modos de dominação.
Uma característica interessante da metodologia de Max Weber reside na aplicação do "tipo ideal" de algo. Para fins de comparação, Weber estabelece o modo do qual as coisas deveriam ser para que se possa entender como elas realmente são. Por esse motivo, podem haver críticas taxando-o de idealista ou até mesmo de utópico.
Thales Flausino Alves Ferreira - 1º ano - Matutino
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