Max
Weber, notável sociólogo alemão, desenvolveu várias análises direcionadas à
dinamicidade dos fenômenos sociais. Nesse sentido, Weber empregou objeto e
método próprios, o que possibilita sua divergência a seus antecessores, como
Comte, Durkheim e Marx e Engels, por exemplo.
Vale
lembrar que Weber parte de uma sociologia compreensiva. Ou seja, o importante
para ele é encontrar as causas das chamadas “ações sociais”, o que vai de
encontro com o pensamento de Durkheim, por exemplo, que compreendia a
sociologia como uma ciência descritiva dos fatos sociais.
Ainda nessa antítese Weber x Durkheim, é
possível observar que com Weber a sociologia se ocupa a analisar mais os
indivíduos e o papel que esses expressam no seio social do que com a ideia de
uma sociedade exterior e autoritária ao mesmo. Esse choque entre esses
pensadores também vai se encontrar nos métodos que eles utilizam. Enquanto
Durkheim acredita na completa objetividade da ciência, ao mesmo tempo em que
considera seu próprio objeto de estudo (fatos sociais) como coisas, Weber
compreende ser impossível esse distanciamento completo e essa objetividade cega
entre o objeto e o pesquisador.
Nesse
sentido, Weber tem como método o que ele denominou “tipo ideal”. Trata-se de
uma estratégia para analisar as causas das ações sociais, isto é, para
compreender as interações que os indivíduos mantêm entre si formando um
“emaranhado social”, ou seja, um corpo social. Dessa forma, esse tipo ideal,
carregado por juízo de valor do próprio pesquisador, sem, no entanto,
comprometer a objetividade do conhecimento, entrará, por sua vez, em conflito
com os fatos reais. E é justamente nessa comparação que se obtém a verdade
científica.
Observa-se,
então, que Weber não parte da ideia de que o corpo social é regido por leis
gerais e universais, pois seu próprio método, ao analisar os aspectos mais
profundos do fenômeno social, torna insustentáveis essas generalizações e
tecnicidades da razão. Isso vai de encontro ao pensamento
de Marx também, uma vez que, compreendendo a história através de um método cego
e impositivo, ele deixa de observar as verdadeiras causas que levam os
indivíduos a constituir o aparato social.
Murilo Ribeiro da Silva 1°ano de Direito, matutino.
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