Constantemente o
indivíduo busca analisar as ações de outrem a fim de compreender como elas se
desenvolvem e o porquê delas. Ocasionalmente não se consegue chegar a um
entendimento sobre tais ações, isto ocorre devido ao juízo de valor que cada
grupo de pessoas carrega consigo e que se diferente de grupo para grupo. Um
claro exemplo disto é o comprometimento de algumas pessoas em grupos
terroristas como o Estado Islâmico e a Al Qaeda que são vistos como barbaridades
sem justificativa por muitos outros grupos.
Em suas obras “A
Metodologia das Ciências Sociais” e “Economia e Sociedade: Fundamentos da
Sociologia Compreensiva”, o intelectual, juristas e economista alemão Karl Emil
Maximilian Weber discorre a respeito da compreensão do sentido das ações
sociais. Segundo Weber, as ações humanas deveriam ser ponderadas de acordo com
a compreensão dos agentes individuais. Weber acreditava que cada ação social
comportava infinitas probabilidades e, portanto, elas deveriam ser analisadas a
partir do valor que cada indivíduo lhe dá, logo cada ação ou não ação seria carregada
de valos individuais. Assim sendo haveriam quatro tipos de ação social: (1)
Ação racional com relação a um objetivo, (2) Ação racional com relação a um
valor, (3) Ação afetiva emocional, (4) Ação tradicional.
Do ponto de vista do
individualismo metodológico de Weber, portanto, o empenho de alguns indivíduos
em grupos terroristas estaria baseado no contexto em que eles se inserem.
Devido aos ideais deste grupo eles assumiriam as consequências de suas ações,
como é o caso dos Homens Bombas que se dispõe a tal ação devido a crença de que
isto salvaria sua alma, para eles, portanto, seria um sacrifício terreno para
atingir a plenitude. No que concerne esta perspectiva, Weber disserta: "(...)
ele [o indivíduo] pondera e escolhe, entre os possíveis valores em questão,
aqueles que estão de acordo com sua própria consciência e sua cosmovisão
pessoal".
Não só as ações de terrorista
como todas as ações dos demais indivíduos se sucederiam conforme a conjuntura
em que cada um se enquadra. Devido a isto, cada ser possuiria uma autonomia
relativa, desempenhando ações individuais, mas correlacionadas com o grupo. Caberia,
não a sociologia ou ao indivíduo pregar um juízo de valor a cada ação, mas sim
a política julgar determinada atitude adequada ou não.
(Isabela Rafael Soares - 1º Ano Direito Noturno)
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