O sociólogo alemão Max Weber
defendia que a sociologia era uma ciência da realidade, e deveria, portanto,
fazer uma análise crítica desta. Segundo ele, o conceito de ação social afirmava que o analista
deveria buscar compreender o sentido do agir humano. Seu foco era no indivíduo,
segundo sua teoria do individualismo
metodológico, e não o contexto que o cerca.
O conhecimento dessa ciência
provinha dessa tentativa de explicar as ações que o ator social tomava. Para
tal análise, o sociólogo deveria fazer uso do tipo ideal - basicamente um estereótipo, que seria utilizado como
ponto de partida para o estudo da realidade. Ele não existe, mas servia de
ferramenta metodológica para o analista.
Compreender
o sentido da ação social seria complexo, pois cada indivíduo age de acordo com
os valores que o rodeiam, no entanto, podem existir contradições entre suas
ações.
Weber criticava o determinismo de
Marx, que defendia que todos os acontecimentos poderiam ser explicados pela
infraestrutura - o modo produção, a estrutura material da sociedade. Para
Weber, essa seria apenas uma, das muitas relações que poderiam atuar como guia
na ação dos indivíduos. Como, por exemplo, as emoções, as tradições e a razão.
A complexidade da função da
sociologia é exemplificada pelo ato de tentar compreender ações terroristas,
que são julgados pela opinião pública, sem nenhum tipo de análise sociológica
propostas por Weber. Isso no cenário atual, mas já acontece há muito, visto que
Hannah Arendt foi acusada de tentar justificar os atos dos nazistas durante a
segunda guerra mundial, com a sua teoria sobre a banalidade do mal. Para Weber,
a função da sociologia era clara: compreender, e não julgar o indivíduo por
suas ações sociais.
Flávia Oliveira Ribeiro
1o ano - Direito matutino
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