Max Weber, importante pensador alemão
do séculos XIX e XX, via na Sociologia a possibilidade de compreender a dinâmica
entre os indivíduos dentro de uma sociedade civil, acreditando e focando nas
concepções de agente e ação social.
Para ele, a Sociologia é feita de ações
sociais praticadas pelos indivíduos. Nesse ponto, Weber se distancia de
Durkheim, na medida que o último partilhava da noção de fato social como uma
"coisa" intrinsecamente relacionada à coletividade. De fato, o
pensador alemão apresenta como foco de seus estudos o indivíduo isolado o qual,
a partir de interações com os outros, gera relações sociais dentro da
comunidade em que está inserido. Em resumo, o agir, para Weber, é praticar
ações sociais, sendo esta centrada no agente.
Além
disso, o alemão se dedicou à compreensão de qual forma a economia tem
influência dentro da sociedade, pesquisando suas relações com outras áreas do
conhecimento, como artes e ciência. Em verdade, o filósofo criticou o marxismo
nesse aspecto, dissertando que a corrente de pensamento desenvolvida por Karl
Marx ficava deveras presa na economia como centro de todas as atividades dentro
de um corpo social. Para Weber, a economia tinha papel categórico dentro da
mesma, mas não deveria ser considerada como o centro de tudo.
Uma
fábrica em funcionamento na atualidade, por exemplo, seria vista por Marx como
um símbolo da exploração capitalista sobre um proletariado marginalizado,
constituindo-se esta a razão para as desigualdades então existentes. Em
contrapartida, Weber encararia a mesma fábrica como uma manifestação da
racionalização típica do funcionamento interno do capitalismo.
Na
busca por um entendimento mais profundo do capitalismo de mercado, Weber se
dedicou a estudar os embates entre a burocracia e a política. Para ele, a
burocracia seria responsável por criar uma certa rotina dentro da sociedade,
uma vez que ditaria um determinado sistema de funcionamento o qual
posteriormente se tornaria rotineiro no corpo social. É exatamente neste ponto
que Weber temia que a sociedade pudesse chegar, prevendo uma estagnação das
relações presentes na mesma. A política,
no entanto, seria a saída para esse ciclo implementado pelos burocratas, uma vez
que está é dinâmica, sempre em constante mudança para encontrar melhores formas
de funcionamento da civilização. Em verdade, é por esta razão que o pensador
alemão preferia o triunfo de um político sobre um burocrata.
Ademais,
Weber ressaltou o papel fundamental da educação para os indivíduos. Em primeiro
lugar, ele via na educação a possibilidade de cada pessoa se tornar autônoma,
podendo desenvolver suas próprias opiniões sem influências externas. Segundo, esta
seria uma forma do indivíduo estar politicamente ligado à realidade de sua
nação.
Se
Weber pudesse se deparar com o contexto atual como um todo do Brasil
contemporâneo, por exemplo, é fato que ele atribuiria parte considerável da responsabilidade
que culminou nesta situação ao precário sistema educacional hoje existente.
Por
fim, uma sociedade ideal para Max Weber seria aquela em que todas as pessoas
pudessem expor suas opiniões, por mais variadas que fossem, sem ser de forma
alguma perseguidas ou intimidadas pelos outros. Em suma, Weber defendia uma
sociedade cuja principal característica fosse a liberdade de expressão aliada à
uma educação de qualidade.
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