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terça-feira, 23 de agosto de 2016

Amargo

Deste privilégio que eu detenho
Do trabalho se faz, a força e o empenho
É do modo de produção que me ganho
Uma horda infestada, apanhada na fábrica, de grande tamanho

Mas que horda ? A dos empregados
Trabalho e trabalho, acabam eles torturados
É o que se vê, o que se enxerga
O concreto basta a aquele que se entrega

Idealização e abstração dessa realidade...?
Não há espaço no marxismo e na sociedade
O que há é o materialismo dialético

Da tese à antítese e à síntese
A verdade, outra vez, se forma então
Dessa estou farto
O capital que me deixa com um gosto amargo

Leva à opressão vigente
Sobre um povo decante
Houve luta e ainda haverá...
História moldada, nada cessará

Caio Henrique Turco

Direito Matutino 

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