“... não é a consciência que determina a vida, mas sim a vida que determina a consciência...” (Marx, A Ideologia Alemã)
Engels e Marx fundaram um método científico que rompe com a tradição idealista hegeliana alemã. Segundo Hegel, a explicação dos fenômenos está nas ideias, em uma concepção dialética do desenvolvimento histórico, porém idealista, a filosofia pretendida por ele visava a criação de um sistema que explicasse todas as coisas a partir da abstração.
Engels e Marx fundaram um método científico que rompe com a tradição idealista hegeliana alemã. Segundo Hegel, a explicação dos fenômenos está nas ideias, em uma concepção dialética do desenvolvimento histórico, porém idealista, a filosofia pretendida por ele visava a criação de um sistema que explicasse todas as coisas a partir da abstração.
A crítica à filosofia hegeliana recai sobre seu exacerbado idealismo. Por mais que tenha rompido com a metafísica e entendido o desenvolvimento histórico como um processo de contradições, Hegel continua compreendendo a realidade a partir do pensamento que se sintetiza, por meio de ideias opostas (tese X antítese). Já o materialismo de Marx e Engles, propõe como base científica o real, as ações, indivíduos e situações, entende-se os fenômenos a partir de uma visão sintética do concreto.
Dessa maneira, utilizando-se da dialética hegeliana, o materialismo dialético explica o desenvolvimento histórico como o pregresso da luta de classes: grupos sociais antagônicos (burguesia e proletariado) que, em constante contradição, funcionam como o motor da história. Nota-se que, para eles, a condição material determina a condição real, ou seja, o modo de produção e a posição dos indivíduos nessa cadeia determinam como serão as demais relações desta sociedade.
Os fundadores do socialismo, por meio desse método materialista dialético, "anteciparam" o fim do capitalismo, culminando no socialismo: o próprio sistema capitalista, cada dia mais, produz desigualdade e proletários descartáveis e miseráveis sem nada a perder ou fazer se não a Revolução.
Maria Clara Laurenti, Diurno
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