Karl Marx e
Friedrich Engels foram os principais autores das ideias socialistas, sendo
responsáveis por defender uma reação radical da explorada classe operária sobre
seus patrões através de uma revolução. Nesta revolução, o proletariado tomaria
o controle da sociedade, implementado medidas que os tirariam da sua antiga condição
de abuso.
Para os dois
pensadores supracitados, o período medieval não se caracterizava pela produção
em larga escala visando a obtenção progressiva de lucro. Em contrapartida, o
feudalismo se restringia à produção de subsistência, que pouco produzia de
excedente para a venda ou troca. Este cenário começou a mudar com o início das
revoluções industriais ocorridas na Inglaterra, as quais disseminaram as ideias
capitalistas para os outros países vizinhos e, posteriormente, para os outros
continentes.
Começou neste
ponto a degradação mais acentuada da classe operária, que deixou sua produção
em pequena escala no campo para mudar-se para os grandes centros urbanos,
vendendo sua força de trabalho para os proprietários das indústrias que visavam
o maior lucro possível. Simultaneamente, tem-se a modernização do maquinário
utilizado nas fábricas, passando eles a substituir grande parte da mão-de-obra
então empregada, sendo esta cada vez mais marginalizada nos sistemas de
produção aí existentes.
É nesse
contexto que se encontra a oportunidade da solução das contradições e
desigualdades através de uma revolução socialista. É esta a sucessão natural
dos acontecimentos para Marx e Engels, já que acreditavam que o socialismo era
o único caminho possível para a vigente situação do proletariado. Entretanto,
pouco ocorreu conforme as previsões dos dois socialistas.
Desde o
fracasso da URSS no final do século XX e a consequente afirmação do capitalismo
como sistema econômico, a revolução do proletariado ficou desacreditada, sendo
seus fundamentos considerados inaplicáveis na sociedade civil. Os ideais
socialistas passaram a ser pouco vinculados entre as pessoas, tornando-se
sinônimo muitas vezes de fracasso e insucesso.
Apesar dessa
descrença e certa inércia da sociedade desde então, é indiscutível que a
consagração capitalista trouxe pouquíssimos benefícios para a classe operária.
Atualmente, lamentável é a situação que parcela significativa de trabalhadores se
encontram. A contemporaneidade conta com índices altos de trabalho escravo, bem
como vários casos de condições precárias de serviço.
Em suma, variadas
são as críticas dirigidas ao malogro do socialismo. Entretanto, é notável a
ilusão que muitos membros do proletariado apresentam quando enaltecem o
capitalismo em detrimento das ideias de Marx e Engels. Em verdade, a luta de
classes previstas pelos pensadores está mais do que nunca enraizada na
sociedade civil, não apresentado nenhuma previsão de melhoria futura em razão
da inércia da própria classe explorada.
Ester Segalla dos Passos - Direito (noturno)
Nenhum comentário:
Postar um comentário