PEC
das Domésticas: análise marxista do modo de produção escravista
Cada
época histórica possuía um conjunto de forças produtivas, sob o controle de determinados
homens e também existia, ao mesmo tempo, um conjunto de relações sociais de
produção, que são o modo pelo qual os homens assumem o controle sobre as forças
produtivas, relações de propriedade, sendo que o conjunto total disso é chamado
modo de produção.
Ao
logo da história podem identificar três modos de produção: modo de produção
escravista antigo (Grécia e Roma antigas), o modo de produção feudal (Idade
Média na Europa) e o modo de produção capitalista (vigente no mundo atual).
Em
2013 foi aprovada, no Brasil, a Emenda Constitucional 72, que iguala os
direitos trabalhistas dos trabalhadores domésticos (empregadas, babás, motoristas, caseiros) com os dos demais
trabalhadores, alguns dos novos direitos
adquiridos por essa classe de trabalhadores foram: controle da jornada de
trabalho, com limite de 8 horas diárias e 44 horas semanais, pagamento pelas
horas extras, FGTS obrigatório e seguro-desemprego.
Depois em 2015 a presidente Dilma sancionou a regulamentação
da lei que estabelece 7 novos benefícios para esses trabalhadores, além dos
concedidos em 2013.
Contanto, por mais que essas novas medidas tenham tido grande
aprovação pela população brasileira, ainda houve manifestação contra por parte
uma parcela da sociedade brasileira, que não queria que esses direitos se
extinguissem para esses trabalhadores, alegando que eles teriam muito mais gastos
para manter seus empregados, visto os novos direitos adquiridos por eles, mas isso
acontece muito no Brasil, devido à herança escravista de nossa cultura, onde,
no passado, a elite brasileira tinha escravos para servi-la e fazer o serviço
doméstico (cozinhar, lavar a casa, a roupa, entre outras atividades), e na
cabeça dessas pessoas, elas ainda devem ser servidas e pagar um preço baixar
por isso, pois ainda há aquele pensamento de que serviço doméstico não é algo
reconhecido, por isso, não mercê muita gratificação.
Essa mentalidade, por exemplo, já não existe nos EUA, visto
que o próprio Professor Doutor Agnaldo, fez uma observação que enquanto ele
assistia a série House of Cards, ele não notou nenhuma empregada servindo o
personagem Francis J. Underwood, um político respeitado pelos EUA inteiro, isso
acontece porque lá, a escravidão foi apenas nas colônias do sul, sendo o as
colônias do norte mais “liberais” e durante a expansão para o oeste, poucas regiões
adquiridas optaram pela mão de obra escrava.
Segundo uma análise marxista, parte da população brasileira
ainda tem a mentalidade do modo de produção escravista, onde ela deve servida
pelos escravos, mas devido às pressões da sociedade mais conscientizara e do próprio
setor, visto por essa elite como um novo tipo de escravo, o governo aprovou
novas mudanças para acabar com esse “status
quo”, pois à medida que a situação não muda e um grupo continua sendo
explorado, esse modo de produção tende a acabar, segundo Marx, pois uma hora os
oprimidos acabarão com os opressores, segundo sua teoria, isso acabaria coma consolidação
do comunismo, quando o Estado desaparecia.
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