Diante de uma sociedade
excludente em nossa atualidade seria interessante realizar uma análise
histórica das causas mais profundas dos problemas e situações para entender a
função delas e o que sintetizam, conforme sugerem Marx e Engels.
Podemos analisar e tentar ver
além, ou seja, as múltiplas faces da realidade. Por exemplo, o sistema
capitalista. O que a maioria das pessoas enxergam são avanços maiores na
economia e consumismo (exceto em períodos de crises). Mas se olharmos por traz disso, como
queriam Marx e Engels, notamos uma intensa exploração do proletário. A esse
fato podemos associar o pensamento de Engels “obcecado pelas árvores, não
consegue ver o bosque” (ENGELS, Friedrich. Do Socialismo Utópico ao Socialismo
Científico (1887) p. 6-7). Isso seria uma fragmentação do todo, pois não se consegue
analisar o processo como um todo, apenas uma parte é vista e analisada. Isso acaba gerando problemas nas interpretações, ambiguidades, equívocos, e até mesmo, dependendo do caso, injustiças.
Indo mais a fundo na questão do
proletariado, é possível notar que o sistema capitalista o explora muito, através
da mais-valia, que acaba sendo o “pote de ouro” do sistema, fonte da grande
demanda de lucro. Porém, esse proletário já parou para pensar que sem ele o
capitalismo não funciona?! Uma boa parte não sabe do poder de sua força de
trabalho, pois não realiza uma análise mais profunda da situação. O restante
que tem consciência muitas vezes não reivindica seus direitos, infelizmente, por medo de
acabar desempregado, como está acontecendo muito em nosso país atualmente.
Bruna Flora Brosque
1º ano de Direito – Diurno
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