“É mais fácil um
camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no reino dos Céus”.
É com essa percepção que a religião católica expressa sua visão de mundo nada
estimulante para a incipiente burguesia, que ainda não estava consolidada como
classe transformadora, assim como se vê atualmente. Na obra “A Ética Protestante
e o Espírito do Capitalismo” Weber não faz um estudo da religião Protestante,
mas do seu impacto para o surgimento de uma ética capitalista, ou seja, estuda
a relação do comportamento econômico com as ideias religiosas.
Nesse contexto, o
Protestantismo contraria a majestosa igreja Católica e apresenta uma nova consciência
aos indivíduos, que serve de fundamentação às práticas capitalistas e
transforma as relações. Essa Revolução Moderna é pautada na predestinação e na
racionalização do trabalho. Era considerado predestinado por Deus aquele que
com o esforço do trabalho e labor intelectual fosse bem sucedido, ou seja,
inverte-se a lógica dominante do catolicismo e passa a considerar um escolhido
por deus aquele que acumula riqueza, capital.
De fato, o espirito
capitalista foi impulsionado e ganhou notoriedade, entretanto passa a caminhar
sozinho, independente da religião. A religião dá lugar a uma “ética”
capitalista propriamente dita, que passa a dinamizar todos os
setores(econômicos, sociais, culturais, etc). E além disso, a racionalização
torna único esse modo de produção.
Percebe-se que a
sustentação da essência do sistema capitalista atualmente, independe de tudo e
de todos, o que se enxerga é uma dependência do modo de produção, visto que foi
consolidado como sistema hegemônico. Nem os fiéis mais católicos conseguem se escusar.
César Augusto Ribeiro - 1º ano Noturno
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