“Mais
fácil um camelo passar pelo fundo uma agulha do um rico entrar no reino dos
Céus”. Esta frase bíblica, assim como outras, foi usada como exemplo de
testemunho e homília durante a Idade Média e seu fim. Tempo no qual se pregava
que a ânsia por dinheiro era pecado e o fim único para o trabalho era a
subsistência.
A
Reforma Protestante veio quebrar com tal pragmatismo católico e propôs uma nova
maneira de enxergar o mundo, o trabalho, o dinheiro e o lucro. Trabalhar não
era mais para subsistência e sim para se buscar o que lucro. Este último que a
Igreja católica abominava passou a ser o que todo trabalhador almejava com o suor
do seu labor, pois o dinheiro ganhou voz na sociedade ocidental que aos poucos
vinha perdendo as amarras e o tapa olho imposto pela rígida senhora feudal que
controlou durante séculos todo um continente, praticamente.
Essa
nova forma de ver o mundo foi proposta pela Reforma Protesta, segundo Max
Weber. Há para ele um processo de ocidentalização do mundo devido a tais
mudanças decorridas por conta das descobertas burguesas, e com isso a
dinamização do dinheiro e dos investimentos fazem com que haja uma
racionalização do capital e para tal pensador este é o principal ponto oriundo
do protestantismo. Esta racionalização veio ser o espírito capitalista que despertou,
e podia ser considerado novamente “lícito”.
Sendo
assim, aquela Igreja Católica que condenava o lucro, mas fazia seus fieis
pagarem indulgências na Idade das Trevas, também se adequou a este espírito
capitalista e passou não a defender, como os protestantes calvinistas o lucro,
mas não a condená-lo e hoje suas instituições podem ser consideradas grandes
empresas de sucesso.
Camila Gabriele Pereira
de Faria
1º ano direito noturno
1º ano direito noturno
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