O homem como um ser gregário é compelido a se articular pragmaticamente. Uma vez que necessita, ainda mais no mundo hodierno, de dinheiro para sobreviver. Assim, segundo Webber, não é o capitalismo que perverte os homens e os faz agir de maneira agressiva sem considerar os aspectos humanos em seus atos de puro consumismo, mas sim, é justamente por causa de seu espírito de natureza. Aí Webber faz menção a linha hobbesiana de que o homem é mau por natureza e que para isso deve-se criar o Estado, que detendo a soberania sobre todos os membros da sociedade, compõe uma força absoluta. Logo, Max Webber refere-se ao homem como o agente do capitalismo. Sendo portanto, por causa de sua ânsia pela riqueza como finalidade única é que surge o capitalismo, como artifício dessa postura enviesada na maneira de estabelecer o lucro.
A maneira de se imaginar o mundo capitalista era impensada na idade média, pois a medida que a Igreja controlava a vida das pessoas era difícil se desvincular da ideia de que o consumismo e a luxúria conduzem para o inferno. O humanista Gil Vicente faz uma sátira dessa ideologia em sua obra Auto da Barca do Inferno. Nessa obra, uma das únicas personagens que se salvam é o parvo, que justamente por não ter a riqueza como finalidade de vida, é privado de ir para a barça do inferno. Esse tipo de ideia começa a se romper com as reformas protestantes no final da idade média e desde então sua tendência fora e ainda é prevalecer, pois o racionalismo se consolidou no âmago da sociedade. Destarte o homem faz o Capitalismo!
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