É veracidade que Max Weber busca entender e fazer a ciência
a partir do agir social concreto, o verdadeiro modo como ocorre a mudança
social da sociedade.
Weber entende que a mudança de mentalidade ocorre antes da
alteração do modo de produção, faz tal constatação por uma perspectiva empírico
concreta e, assim, contradiz o materialismo histórico.
Em seus postulados, o autor discute o processo de
ocidentalização do mundo e o disseminar de uma ética ao planeta. De acordo com
o filósofo, quanto maior a prosperidade de alguém, maior sua predestinação ao
céu, trata-se da ética calvinista, que prega a necessidade de exteriorizar o
estado próspero. A ética calvinista é
uma ética de dominação.
O Direito, por sua vez, apresenta-se como responsável por
assegurar que o sistema montado e sustentado pelo capital se mantenha, visto
que, por exemplo, garante a posse de um valor, na frieza de um contrato. Parte
deste pressuposto a ideia de que existem fatores capazes de diferenciar o modo
de produção capitalista de qualquer outro, sendo tais vinculados à capacidade
de racionalização.
A racionalização jurídica, por exemplo, elucida as
estruturas do Direito e da administração como molas mestras da racionalidade
capitalista, além da racionalização científica (dependência do desenvolvimento
da ciência) e racionalização contábil (separação entre a empresa e o
indivíduo).
Provavelmente mais importante que os outros tipos de
racionalização está a Racionalização do Próprio Homem, pois, embora dependa da
ciência, da técnica, e do Direito racional depende do próprio homem aderir
certos tipos de conduta social.
Em contrapartida não basta a pura alteração da consciência,
faz-se necessário irradiar tal consciência para outros grupos.
Aquele que não alterar seu modo de vida às condições do
capital será, invariavelmente, fadado a derrota.
A reforma protestante, portanto, demonstra a extensão do
controle religioso a todas as instâncias da vida de modo mais rigoroso.
Lucas Oliveira Faria
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