Um famoso banco brasileiro lançou, recentemente, uma propaganda na qual diversas pessoas morrem após décadas de trabalho. Contudo, não morrem pensando em suas famílias ou amigos. Morrem pensando em dinheiro. Morrem pensando que deveriam ter gasto mais. Morrem pensando que deveriam ter comprado aquele sapato maravilhoso ou feito aquela viagem luxuosa.
Esse banco, na tentativa (apesar de paradoxal e um pouco incoerente) de alertar as pessoas para, talvez, o verdadeiro significado da vida, demonstrou claramente as ideias de Weber. De acordo com o sociólogo, o espírito do capitalismo não está contido na ideia de “aproveitar a vida”, mas sim na de que, para “ganhar na vida”, é necessário trabalhar, trabalhar, trabalhar.
“Tempo é dinheiro.” Sim, é inquestionável. Entretanto, tempo também é vida. Com a expectativa de vida elevada da contemporaneidade somada à era digital, as pessoas falham em perceber a efemeridade da vida e se julgam imortais. O trabalho é tão antigo quanto a história e não há dúvida de que ele é indispensável para a vida em sociedade e de que ele contribui para a construção da dignidade humana. No entanto, o trabalho não é tudo. A vida, sim. Tudo que resta é viver.
Ana Clara Tristão - 1º ano Direito diurno
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