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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Capitalismo: um culto a Deus?

Max Weber consolidou a teoria que evidencia a diferença entre as vertentes protestantes (no caso, luteranas e calvinistas) e as sociedades católicas em relação à ética econômica. Segundo Weber, a teologia protestante deu ao homem liberdade para o ganho monetário. Para o protestantismo, os homens estariam predestinados, alguns seriam salvos e iriam para o céu e outros condenados ao inferno, o que não dependia de obras, uma vez que se tratava de predestinação. A única coisa que poderiam fazer para se confortar era glorificar a Deus através de seu trabalho. Antes dessa doutrina, o trabalho era malvisto. Apenas aqueles que iam para os monastérios estavam assegurando a sua salvação. Os demais homens, que viviam fora dos conventos, trabalhando, provavelmente iriam para o inferno. 
O que a doutrina calvinista e luterana fez foi "democratrizar" o acesso à salvação. Antes, a salvação era obtida através da religião, da compra de indulgências e de outros caminhos que não eram acessíveis a todos, como a realização de obras de caridade e boas ações. Posteriormente, bastava trabalhar, uma atividade mundana que todos realizavam. Foi criada então a ética do trabalho. Trabalha-se, cada dia mais, para glorificar Deus. O trabalho gera riqueza que é, por sua vez, acumulada. O espírito capitalista surge, então, como resultado não intencional da ética protestante.
Max Weber defende também o estabelecimento de um raciocínio lógico capitalista, denominado por ele "racionalismo"; ele expõe através do emprego do método e da pesquisa científica uma das várias faces do capitalismo. O capitalismo ocidental, a separação dos negócios da moradia da família e a implementação da contabilidade racional, que é a origem da classe burguesa ocidental ligada à divisão do trabalho.
O estudo da ética protestante e do espírito capitalista, segundo Weber, explorava meramente uma fase de desencantamento do mundo, uma característica considerada por ele como uma peculiaridade que distingue a cultura ocidental.

Steffani de Souza - 1º ano Direito noturno

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