De acordo com o
sociólogo, existe uma racionalização não de acomodação do mundo, mas sim de
dominação do mundo para transformá-lo e empreendê-lo. Diferentemente do que
muitos defendem, Weber acredita que os fatores culturais desencadeiam os
econômicos. Sendo assim, o “espírito de acumulação” não é um reflexo do
capitalismo, pelo contrário, ele é que gerou o capitalismo, pois a ganância sempre
existiu entre os homens.
Os fatores que
diferenciam o modo de produção capitalista de quaisquer outros na história,
vinculam-se à ideia de racionalização, a qual pode ser dividida em quatro
tipos. O primeiro é a racionalização contábil, que separa os bens da empresa dos
bens do indivíduo. O segundo é a racionalização científica, que representa a
dependência capitalista dos avanços das ciências exatas e naturais. Já o
terceiro é a racionalização jurídica, a qual utiliza as estruturas do direito e
da administração como molas mestras da racionalidade capitalista. E o último é
a racionalização do homem que, embora dependente da ciência, da técnica e do
direito racional, o racionalismo econômico depende também da disposição do
homem em adotar certos tipos de conduta.
Bianca Bastos - direito noturno
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