Quando Max Weber trata da questão da dominação, seja ela
política, econômica ou social, ele enfatiza como o papel das crenças, levadas
durante gerações, possuem importância. A crença de um dominado àquele que
domina é tamanha que, com o passar do tempo, criam hábitos cegos de lealdade,
em que não há mais questionamento a cerca da legitimidade do poder. Ou seja, uma
dominação criada exclusivamente no carisma pessoal.
Por outro lado, a dominação racional do tipo “pura” é
baseada em aspectos burocráticos. Dessa forma, a falta de questionamentos por
parte daquele que é dominado deriva do aparelho administrativo. Ou seja, a
ideia de que existe uma ordem superior às suas vontades o reprime, e faz
obedecer ao sistema estabelecido.
A forma de metodologia discutida pelo autor leva em
consideração a influência de aspectos culturais dentro das descobertas
científicas. Segundo ele, deve-se trabalhar com uma comparação entre aquilo que
foi realmente descoberto, através de um processo objetivo, e a hipótese inicial
que causou a iniciação da pesquisa. Criando-se uma situação hipotética distante
do real, o nosso julgamento a respeito da possibilidade ou não da hipótese é o
que caracteriza o julgamento cultural, prévio, em uma pesquisa científica.
É possível, assim, perceber como a mente humana não é
preparada para lidar com coisas que ainda não conhece. Por mais que exista a
curiosidade em descobrir o funcionamento da sociedade e do universo, haverá
sempre um conceito pré-estabelecido. Isso é, certamente, o fator que mais
dificulta as descobertas dentro da sociologia pois, como o ser humano está mais
habituado com a ordem social em que vive, existirá sempre um julgamento formado
a respeito do outro.
Yasmim Silva Fortes –
1º ano noturno.
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