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domingo, 16 de setembro de 2012

Voltaire e a perplexidade


Não devemos nunca esquecer de que as pessoas são mesmo diferentes, que pensam diferente, que tiveram a formação de seu caráter e moral em contextos e berços diferentes. Esquecer que aquilo que para uns é claro, nítido e sólido como verdade e princípio para outros não o é evitaria a perplexidade causada por algumas ações.
  Infelizmente a liberdade de expressão, cara para muito e eternizada por Voltaire, ainda não é respeitada por alguns indivíduos, como aqueles que colocaram o nome de nossa universidade em meio a uma “agressão” a Dom Bertrand.
  "Não estou de acordo com aquilo que dizeis, mas lutarei até ao fim para que vos seja possível dizê-lo" não teve espaço na ocasião em que alguns alunos se manifestaram contra ideias e posicionamentos do príncipe, os quais nada tinham a ver com o evento promovido nem com o discurso que seria realizado.
  Talvez esse episódio represente a necessidade do retorno de algumas disciplinas às salas de aula do ensino fundamental e médio que ensinem valores morais e éticos. Pois o incidente leva a não menos do que o choque e a perplexidade. Não se espera que tal atitude ocorra dentro do ambiente universitário e muito menos que ela parta da iniciativa de universitários.

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