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domingo, 16 de setembro de 2012

Justiça: Quando não há certo nem errado

      Justiça. O que é justiça? Inúmeras definições, inúmeros conceitos, inúmeras ideias. Nenhuma está completamente certa, nem errada. É fácil falar de justiça quando não se é a vítima, muito simples aplicar a lei a uma determinada situação fantasiada e alcançar a justiça dentro dos limites legais. Entretanto, e quando se é a vítima? Quando se sente na pele a injustiça proporcionada por um sistema judiciário falho?
     Como mostrou-se no filme "Código de Conduta" em que o personagem principal vê sua mulher e filha serem assassinadas sem poder fazer nada para impedir, o promotor responsável pelo caso faz um acordo com o assassino para uma confissão, concedendo pena de morte ao seu parceiro, que não era o assassino. Resta então a dúvida nessa situação, a justiça foi feita? Aos olhos do promotor, sim, um assassino preso por 5 anos e o outro criminoso no corredor da morte. Para o pai, não, ele vê que o real assassino de sua família em 5 anos estará livre novamente.
     É aí então que se começam outros questionamentos em torno desse assunto, cabe à vítima, no caso o pai, fazer justiça com as próprias mãos? Agir contra as próprias leis para fazer o que acredita ser o certo? Obviamente não há também uma resposta pronta para isso, mas pode-se imaginar na situação em que o pai se encontra. Pare por um minuto e imagine a pessoa que você mais ama, seja sua mãe, esposa, ou filho, sendo assassinado na sua frente, e você descobre que devido a uns trâmites legais, em 5 anos o assassino estará solto. Se você não tiver coragem para fazer algo com as próprias mãos, pelo menos terá a sede por vingança.
     O sistema judiciário apresenta grandes falhas, afinal, quem lida com a lei são os homens, que são falhos. E enquanto houver um sistema que apresenta tantos erros e injustiças, haverá justiça feita a qualquer custo por quem se sentiu injustiçado, e isso não é errado. Não na cabeça de quem sofre.

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