O filme hollywoodiano "Código de Conduta" traz à tona grandes questões sobre justiça, sobre como agir em relação a esta, sobre até que ponto justiça não se confunde com vingança; e, principalmente, se alguma justiça é melhor do que nenhuma.
Analisando o desenvolvimento do filme percebe-se que, naquela ocasião, alguma justiça não superou com tanto fervor a possibilidade de não ter feito nenhuma justiça. Aliás, esse alguma se transformou em nenhuma em um curto espaço de tempo, contando com uma análise fria da questão. Porém, será que alguma justiça faria com que os prejudicados em uma ação se sentissem melhor? No filme, não.
A exatificação do direito, e a maneira impessoal com que este vem sendo tratado talvez esteja concretizando mais casos de alguma justiça do que de uma ação efetiva. Além disso, segundo Émile Durkheim, a pena, a principal forma de concretização da justiça do direito, dificilmente traz um equilibrio efetivo entre a intensidade do problema causado e a intensidade da ação penal.
Porém, o autor é contra o desenvolvimento de um direito pessoal, no qual ações que talvez não sejam tão prejudiciais a sociedade sejam penalizadas de forma muito intensa, sendo, por exemplo, o homicídio algo não tão traumático para o meio social. Obviamente, está é uma posição extremamente científica e fria, e traz consigo o mesmo problema dessa exatificação do direito.
Logo, talvez justiça seja algo que não permite meio termo, ou é feita, ou não. Sendo o direito algo extremamente relacionado ao sentimento humano e social, sua exatificação não pode ser feita com tanto fervor. Provavelmente, Durkheim nunca foi assaltado, ou teve um parente assassinado.
Analisando o desenvolvimento do filme percebe-se que, naquela ocasião, alguma justiça não superou com tanto fervor a possibilidade de não ter feito nenhuma justiça. Aliás, esse alguma se transformou em nenhuma em um curto espaço de tempo, contando com uma análise fria da questão. Porém, será que alguma justiça faria com que os prejudicados em uma ação se sentissem melhor? No filme, não.
A exatificação do direito, e a maneira impessoal com que este vem sendo tratado talvez esteja concretizando mais casos de alguma justiça do que de uma ação efetiva. Além disso, segundo Émile Durkheim, a pena, a principal forma de concretização da justiça do direito, dificilmente traz um equilibrio efetivo entre a intensidade do problema causado e a intensidade da ação penal.
Porém, o autor é contra o desenvolvimento de um direito pessoal, no qual ações que talvez não sejam tão prejudiciais a sociedade sejam penalizadas de forma muito intensa, sendo, por exemplo, o homicídio algo não tão traumático para o meio social. Obviamente, está é uma posição extremamente científica e fria, e traz consigo o mesmo problema dessa exatificação do direito.
Logo, talvez justiça seja algo que não permite meio termo, ou é feita, ou não. Sendo o direito algo extremamente relacionado ao sentimento humano e social, sua exatificação não pode ser feita com tanto fervor. Provavelmente, Durkheim nunca foi assaltado, ou teve um parente assassinado.
Murilo Thomas Aires
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