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quinta-feira, 28 de março de 2019

A razão na promoção da igualdade



"Dinho, espera. Não posso correr agora, pra mim não é seguro". Quantos negros e outros atingidos pelo racismo e preconceito já proferiram frases parecidas com essa? Nas tirinhas de Alexandre Beck a dura realidade de uma criança negra é colocada ao lada da de uma criança branca. A negra dominando o conhecimento empírico, prático da vida social, já está habituada ao tratamento desigual que vai receber das autoridades e se sente ameaçada ao correr perto do policial e até mesmo carrega a nota fiscal de sua bicicleta, conhecimento que a criança branca não tem por nunca ter vivenciado uma experiência similar.
 Apesar de vivermos em uma sociedade que dispõe de inúmeros métodos de pesquisa e obtenção de conhecimento, as pessoas ainda são impregnadas por falsos ídolos, que de acordo com Francis Bacon, quem concebeu esses conceitos, atrapalham a percepção real e concreta do mundo, por serem responsáveis pela transmissão de pensamentos racistas, preconceituosos e errôneos sobre a natureza da convivência social.
Do ponto de vista jurídico,racional, as crianças são iguais. Porém, a realidade não funciona assim. Em uma sociedade repleta de estereótipos, onde a razão proposta por René Descartes muitas vezes é substituída pelo senso comum, a vontade social sobrepõe as vontades do mundo. Não há homens com mais ou menos razão, mas mesmo assim alguns cometem falhas ao julgar uma situação, levando muitas vezes à injustiças.
 A igualdade só será alcançada por meio da razão, do pensamento crítico e do abandono dos falsos ídolos.
Miguel Basílio Andrade - 1º ano direito matutino

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