Preconceito e
influência no pensamento crítico
Em ambas as
tirinhas do personagem Armandinho, de Alexandre Beck, ajudam a estimular o
pensamento crítico e a formar o juízo, demonstrando situações rotineiras para a
população negra e de baixa renda. O preconceito, o medo e a duvida são
sentimentos presentes no dia-a-dia dessas pessoas. Na primeira, o policial
coloca o questionamento ao menino Armandinho e seu amigo Camilo sobre se
realmente são donos das bicicletas e se apresentam nota fiscal, promovendo certo
desconforto e insegurança. Nessa situação, fica claro o pensamento do
renascentista René Descartes, que é necessário não acreditar demasiadamente
na convicção do que tem sido recomendado só pelo exemplo ou pelo habito e assim,
livrando de muitos enganos que ofuscam a nossa razão e nos tornam menos capazes
de ouvir a razão. Além de que racionalmente todos são iguais perante a lei e não há necessidade de andar de bicicleta portando nota fiscal, mas na prática por experiencias já vividas por Camilo a lei demonstra-se não tao igual perante a todos, infelizmente. Enquanto na segunda tirinha, outra conjuntura cotidiana, Armandinho
convida Camillo para correr como diversão, mas acaba recusando o convite, devido
a presença de um policial no ambiente e novamente por experiências já vividas não pode,
pois há chance sofrer algum tipo de repressão, circunstância esta, que podemos
justificar a partir do pensamento do filósofo empirista Francis Bacon, em que
existe fatores capazes de atuar negativamente
a busca pela verdade em que as experiências individuais são favoráveis a
influenciar as atitudes das pessoas, ainda que de forma subjetiva. Sendo
assim, o preconceito e o racismo estrutural em que vivemos hoje na sociedade brasileira
deve ser questionada, para que se estabeleça a extinção de ciclos de injustiças
e, assim, construir uma sociedade com mais igualdade, equidade e segurança.
André Luís Antunes da Silva. 1ºano de direito noturno
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