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quinta-feira, 28 de março de 2019

Um admirável mundo novo


O estigma social sofridos por determinados grupos da nossa sociedade é uma sequela de ideais puritanos e da crença de uma raça superiora que foi difundido até a 2ª Guerra Mundial, e mesmo após o fim do Holocausto e do regime do Apartheid, ainda é comum encontrar o racismo em nosso cotidiano. Tal prática deplorável poderia ser facilmente extinta se utilizarmos o método da dúvida de Descartes e reavaliar os próprios valores morais e quais os seus fundamentos. Entretanto, o condicionamento midiático leva o individuo a ter idolatrias infundadas, por conta de atrações e fatores em comum, e partir daí levar adiante conteúdos que disseminam o ódio e preconceitos, tornando ainda mais necessário a individualidade crítica de saber filtrar e repassar para a sociedade pensamentos e atitudes que edifiquem a fraternidade universal.
A questão das autoridades policiais é uma pauta muito importante a ser discutida. É triste pensar que os conceitos de Cesare Lombroso ainda são difundidos e de que existe o fenótipo de um criminoso e não que certos grupos são desfavorecidos nos recursos fundamentais para uma vida digna. Sendo assim, a perpetuação do estereótipo negro como ladrão vem sendo um dos maiores problemas sociais brasileiros e que é pontualmente criticado nas tirinhas de Armandinho. O princípio de prender o máximo de criminosos apenas remedia o problema da violência urbana e superlota as penitenciárias, já suprir a defasagem educacional do sistema público e erradicar a pobreza está apenas no plano utópico de sociedade. Demonstrando ainda mais a necessidade do uso de métodos científicos cuidadosamente elaborados, para analisarmos o contexto atual e indicar qual a direção do desenvolvimento humano num mundo digno e socialmente justo para todos.

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