"Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado." Embora seu autor, o físico teórico Albert Einstein, tenha vivenciado o final do século XIX e a primeira metade do século XX, essa famosa frase ainda se mantêm atual na sociedade do século XXI. Tal cientista, responsável por algumas das mais relevantes descobertas sobre as características do universo, foi capaz de exprimir com exatidão uma das maiores dificuldades do ser humano na contemporaneidade: libertar-se de sua ignorância e de suas convicções incabíveis, para agir conforme a racionalidade.
Importante pensador sobre as bases epistemológicas da ciência moderna, René Descartes defendia que a ciência deveria ser estudada metodicamente, utilizando-se da razão para superar as superstições, pré-noções e quaisquer outras formas de conhecimento que comprometessem a neutralidade do conhecimento buscado. Destarte, esse filósofo defende que a ciência moderna deve transformar a realidade em que está inserida, e não somente ser objeto de contemplação (como na Antiguidade). Deve-se, logo, associar tal pensamento à tirinha abaixo, na qual o guarda deveria abandonar seus "pré-conceitos" e tratar as duas crianças de forma igual, visto que só exige a comprovação de posse da bicicleta em razão da presença de uma garota negra dentre elas.
Seguindo a mesma linha de raciocínio, o filósofo inglês Francis Bacon defende que, aliando a observação à razão, a ciência deve operar mudanças no mundo, sem deixar que a mente se guie por si mesma e para que o pensamento não fuja da realidade trabalhada. Assim, fornecendo bases para o empirismo, Bacon e Descartes evidenciam a importância da ciência enquanto transformadora do mundo. Como visto na tirinha abaixo, ainda há muitos prejulgamentos a serem superados na sociedade atual. O racismo é somente uma das máculas que depreciam o ser humano e que devem ser apagadas da convivência social.
Desse modo, e somente desse, podemos sonhar em reverter o quadro exposto por Einstein, tendo como principal instrumento a ciência, capaz de alterar toda a configuração da realidade ao seu redor. Afinal, como afirmou François Rabelais, "ciência sem consciência não passa de ruína da alma".
Gustavo Henrique Cintra Felicíssimo - 1° ano Direito - Matutino
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