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quinta-feira, 28 de março de 2019

Faroeste Cabloco com Descartes e Armandinho

Não tinha medo o tal menino Armandinho Com a chegada da polícia
 Foi ele quem não temeu
Deixou de notar a injustiça tremenda
Só vivida pelo amigo
 Que,tantas vezes,sofreu
Quando crianças são paradas sem motivo Ainda mais,são agredidas por soldado de fuzil
 É um terror para as jovens mentes que sonhavam
 Com um pouco de igualdade num país como o Brasil
 Lá na Igeja só se fala de respeito
 Aos costumes dos fiéis que se juntam para rezar
 Sentem mesmo que existe um Deus perfeito Sentem a presença dele em todo lugar
Os filósofos começaram a estudar
 O Deus tão adorado por cristãos
Dentre eles, o francês Rene Descartes
 Partiu da ideia da divina perfeição
Então estudou a racionalidade
 De tanto usar o método que ele mesmo criou
Teve um desejo quase compulsório
 De descobrir a verdade a qulquer custo
 Não entendia como a vida funcionava Descobriu que se enganava sobre tudo ao redor
Mas não cansava de tentar achar respostas Sabia que duvidar era o certo Antigamente,eles tinham uma mania
Os doutores exibidos, eu vou te falar
Por teimosia e por vaidade
 Não tinham humildade
 Queriam sempre acertar
Diziam eles: "A natureza é linda,
 Algo que devemos contemplar
 Precisamos admirar a vista
 Para termos sobre o que filosofar"
E Descartes negou essa proposta
E voltou sua atenção pro cenário global
 Ele ficou bestificado com as cidades
 Que saiu para visitar
 Elas eram sem igual
Meu Deus,mas que cidadezinhas
Que têm tanto a nos ensinar
Holandeses têm comércio forte e ganham cém mil por mês ao negociar"
 Na Inglaterra era éopca agitada
 Gastavam todo seu tempo com muita revolução
 E conheciam ideais da burguesia
 Fazer o seu comércio eles queriam
 Um paiszinho da América latina
 Ainda era uma colônia
 Seu nome era Brasil, e uma família Portuguesa sempre ia explorar
E independência ou morte não gritaram
 Mas a pressão da elite não dava para suportar
 E ouviam pelas ruas a novidade
Que dizia que Império o Brasil ia virar
 E os políticos tiveram uma conversa Decidiram no privado que rumo iam tomar Os brasileiros, grande parte nem sabia
Que seu destino foi decidido na hora
 Logo logo, D Pedro faz viagem
Golpe da maioridade
 Vem o filho dele aí!
 E o segundo teve apoio rapidinho
 E ficou meio século no poder do Brasil
 Fez amigos dos extremos políticos
Mantinha o equilíbrio para governar
Mas,de repente, com a alta do café
 E a chegada do imigrante
Veio república
 Já com muitas revoltas terminou
O regime de escravidão pela primeira vez Violentados e humilhados, os negros
Viram a lei Áurea aparecer
Agora parecia decidido
 Negros livres e acolhidos
 No território nacional
 Não teriam que ter medo de polícia, capitão, traficante, playboy nem general
Foi quando perceberam que não tinha nada disso que o país foi prometer
 Isabel assinou uma cartinha que libertava mas não conseguia atender
Necessidades da população negra
Que excluída voltou a ser
 Foram marginalizados no final
 E o racismo não parava de crescer
 O tempo passa e no século XXI
Ainda é atual essa questão
 O racismo está na conjuntura histórica
 E é herança de anos de escravidão
 "Não boto negro na minha empresa
Não vou contratar Isso eu não faço não
E ainda chamo general de dez estrelas
 Para invadir a casa dele sem permissão
 E é melhor não me chamar de racista
 Que eu não sou obrigado a mudar de opinião"
É uma injustiça que na época do Descartes era normal
Hoje em dia não pode ter mais não
Hoje em dia não pode ter mais não
Hoje em dia não pode ter mais não
Os negros sofrem tanta discriminação
 E são tratados como bandidos
Não é que o Armandinho estava certo
 De brincar com o colega
Sem, pela pele, julgar
Essa sociedade está toda errada
 De querer,tanta gente, inferiorizar
 Falam que nada disso acontece
 Que racismo não existe
Que é tudo mentira
 E só sabe quem sentiu na própria pele
 O tratamento que negro recebe
Laura Filipini Noveli
1o ano- Matutino

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