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domingo, 20 de março de 2016

A atualidade do pensamento baconiano



Francis Bacon, filósofo dos sécs. XVI-XVII, em sua obra Novum Organum , teorizava sobre as funções da ciência e do conhecimento, afirmando que ambos devem possuir um fim prático e serem usados para a mudança de nossa realidade atual. Séculos após a publicação de seu livro, vemos claramente a influência de seus ideais na sociedade contemporânea.
Cientistas estão cada vez mais procurando formas de melhorar o processador, memória e fluidez de dispositivos eletrônicos como computadores e smartphones. A busca de novos conhecimentos na área de informática não se faz apenas para se contemplar a ciência. Ela é feita para agilizar as relações interpessoais no mundo e ‘’otimizar’’ a vida do homem. Ou seja, o conhecimento está sendo utilizado de forma prática e não teórica, assim como Bacon idealizou.
É ainda evidente a existência dessa influência Baconiana no mundo das profissões. Cursos em universidades que aplicam o conhecimento aprendido em prol da sociedade como Direito, Medicina e Engenharia são mais valorizados do que cursos que focam mais na contemplação de suas ciências, como Filosofia e as Artes.
O filósofo também afirmava que ‘’saber é poder’’, que o conhecimento pode ser utilizado como forma de dominação. E a História comprova essa tese: Os regimes nazifascistas usavam uma razão distorcida aliada à conhecimentos racistas e xenofóbicos para justificarem seus atos e legitimarem seu poder. A obra ‘’Vidas Secas’’ de Graciliano Ramos demonstra que o próprio conhecimento linguístico pode estabelecer uma relação de coerção em indivíduos que não o possuem.  Atualmente no Brasil, a rede Globo, por possui um certo ‘’monopólio’’ de informações e de público, consegue alienar e instruir seus telespectadores a seguirem sua ideologia.
Dessa forma, podemos perceber a atualidade do pensamento de Francis Bacon. Mesmo sendo um filósofo da era das Grandes Navegações , suas ideias estavam à frente de seu tempo e certamente continuarão existindo pelo resto da história do ser humano.

 
André Luís de Souza Júnior
1º Ano Direito Noturno UNESP

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