Francis Bacon que viveu
entre os século XVI e XVII, é aclamado por muitos como o pai da ciência
moderna, e a medida que desenvolvia seu método de conhecimento “empírico
dedutivo”, ele criticava a filosofia e sabedoria grega, que para ele,
embora fossem fartas de palavras, eram estéreis em obras, ou seja, não
proporcionavam o poder de domínio e de modificação ao homem. Além de que seu
caráter especulativo, por ser fruto da “antecipação da mente”, ou seja,
deduções próximas a realidade de seu pensador que não necessariamente o
direcionam a verdade. Era então para ele, indubitavelmente necessário a observação e a experimentação, que são a base do
novo método científico por ele apresentado. Assim para Bacon, que é um
contraponto ao método de pensar grego, o conhecimento deve ser direcionado
pelos resultados empíricos, com o objetivo final de aplica-lo ao mundo
material.
E hoje, ao pensarmos na produção de conhecimento,
que predominantemente ocorre dentro das universidades, é visível a necessidade
de discutir algumas das ideias de Bacon em vista do futuro do ensino no país. A
universidade por exemplo nasceu como um universo fechado e distante da
população em geral, criando e experimentando sem um diálogo com a população em
geral. Através dos anos a universidade vem abrindo-se e conectando-se mais ao
mundo externo, as pesquisas produzidas neste ambiente atualmente geram mudanças
e são aplicadas na vida das pessoas, porém é necessário que cada vez mais a
universidade empodere e gere qualidade de vida a sociedade, tomando esta como
sua função. Outra crítica, é a pouca observação da realidade na formação de
conhecimento. Há uma certa distância entre a universidade e alguns setores
populares, como por exemplo as camadas mais pobres e o governo, sendo entretanto
de grande importância uma ampla análise destes para entende-los de forma
profunda. E assim, no atual processo de formação, tomamos sensos comuns como
verdades, devido à pouca aproximação e averiguação das questões do mundo em que
vivemos.
Embora Bacon tenha nos apresentado a importância da observação
para a construção do conhecimento e a sua utilização para a transformação da
vida do homem, prosseguimos escondidos em nossas salas, longe da realidade e
pouco transformando os ambientes ao nosso redor. Ademais vivemos a contradição
de buscar o conhecimento para sermos mais críticos, porém não temos criticidade
para colocar à prova o conhecimento adquirido.
Guilherme Soares Chinelatto - 1º ano direito (noturno)
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