O filósofo inglês Francis Bacon foi
responsável por desenvolver um novo modo para atingir o conhecimento, modo o
qual ficou conhecido como método empírico-indutivo, este utilizava como critério
da busca pela verdade a experiência mesclada com um raciocínio que leva à generalização.
De acordo com o filósofo, a observação sistêmica da natureza levaria á identificação
de uma regularidade no meio, sendo esta submetida a várias análises as quais
culminariam em um pensamento generalizado, ou seja, capaz de ser adotado como
uma regra comum.
A necessidade da criação de uma nova
forma para alcançar o saber seguro veio da então escassez de um método que não se
baseasse unicamente em um empirismo absoluto ou em uma racionalidade exacerbada.
Desse modo, Bacon criou um meio-termo entre os dois extremos, dando início a um
pensamento científico mais prático.
De fato, a praticidade foi uma aptidão deveras
buscada pelo filósofo em seu novo método, uma vez que ele acreditava que a conhecida
filosofia criada na Grécia Antiga não conseguia ser objetiva e prática o
suficiente, uma vez que se dedicava, muitas vezes, a especulações gerais,
responsáveis por desvirtuar do caminho rumo à sabedoria. Além disso, Bacon destinou
uma crítica específica a Aristóteles, visto que acreditava que o pensador grego
“submetia a experiência como a uma escrava para conformá-la às suas opiniões”.
Ademais, Bacon frisou a importância do
conhecimento em uma sociedade e reconheceu que seu detentor possuía também o
poder, pensamento revelado em uma das suas principais máximas: “Saber é poder”.
Tal fato é muito observado na contemporaneidade, dado que é evidente que as nações
que apresentam o maior poder e influência são aquelas que possuem um saber mais
profundo das diversas áreas do conhecimento. Os Estados Unidos se destaca nessa
categoria como a maior potência do planeta e, conseqüentemente, aquela que detém
os maiores centros de pesquisa científica do mundo.
Em suma, a atualidade do pensamento de
Bacon é visível nas relações do mundo contemporâneo e seu modo de pensar foi
pioneiro no desenvolvimento da metodologia científica, além de influenciar
gerações posteriores que visavam a objetividade e a experiência assim como o
filósofo inglês.
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