Francis Bacon elucida em sua obra, que apesar de nenhum saber ser absolutamente seguro, em se tratando da busca por conhecimento, deve-se empregar uma metodologia com graus de certeza, para que se determine o alcance exato de sua funcionalidade. Dessa forma, apoiar-se em dados de baixa área de amplitude em relação aos benefícios da "pílula do câncer", pode fazer com que se retroceda no modus operandi do meio científico.
Além disso, negligenciar os efeitos colaterais da medicação, por falta de análises clínicas e químicas adequadas, é, minimamente, imprudente. O desespero não pode se sobressair em relação ao método, é necessário que haja precaução, e, sobretudo, racionalidade no exercer científico.
Ainda nesse cenário, cabe ressaltar um outro pensamento de Francis Bacon:"O homem se inclina a ter por verdade o que prefere. Em vista disso, rejeita as dificuldades, levado pela impaciência da investigação". Ou seja, é inererente ao homem apegar-se ao que lhe é conveniente e satisfatório, entretanto, o conhecimento deve objetivar sempre a radicalização, sendo analisado nas entranhas de suas essência. A euforia por resultados imediatos deve ser contida, mesmo quando esses mostrem-se alvissareiros.
Assim sendo, o pensamento de Francis Bacon ainda permeia discussões pertinentes em nossa sociedade, e serve como arrimo, para que não se incorra a erros primários da metodologia científica, e para que não lese o lado humano de indivíduos, com esperanças infundadas.
Paulo Henrique Soares de Lacerda - 1º Ano de Direito - Período Diurno.
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