Francis Bacon, considerado fundador da ciência moderna, inovou as diretrizes para a compreensão do mundo. Diferentemente dos antigos filósofos gregos, criticados por Bacon já que este afirmava que a sabedoria dos primeiros pautava-se em palavras e era estéril de obras, propôs a utilização da prática para só então conceber a razão. Deste modo, vencer a natureza por meio da ação.
Em sua obra Novo Organun (novo instrumento), Bacon estabelece Aforismos sobre a Interpretação da Natureza e o Reino do Homem, nestes ele afirma que as antecipações da mente são base para o senso comum, como os pré-conceitos que mesmo após a experiência ter provado o contrário, não se dissipam pois estão enraizados, promovendo desta forma "descaminhos" para o conhecimento.
Além deste ponto, conclui-se também que os ídolos da mente humana -distinguidos em quatro tipo: tribo (a compreensão de determinado assunto é obscurecido pelos sentimentos), caverna (baseada no Mito da Caverna, que possui a ideia de ver o mundo através das sombras e não de sua verdadeira forma), foro (ou feira, que detém as convicções político-sociais que acabam por impregnar-se e distorcendo a ciência) e teatro (representações teatralizadas que contém equívocos e superstições)- são falsas percepções do mundo e apenas as ideias da mente divina, que são impressões gravadas por Deus nas criaturas, são verdadeiras e válidas.
Bacon, em alguns de seus Aforismos como os XXXI e XXXII, afirma que seria vão rejeitar os velhos conhecimentos e apenas enxertar o novo, ignorar o antigo e julgá-los não traria bases para uma nova ciência, sendo necessários para a melhor compreensão das coisas.
Em resumo, Francis Bacon busca a ciência e a verdade através da observação com o subsequente uso da razão, a clareza científica se opondo à fantasia e a crítica à ciência como mero exercício da mente.
Aline Bárbara de Paula Coleto. 1º ano de Direito - Matutino.
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