A
obra “Novum Organum”, lançada por Bacon no século XIX, teve grande importância
para a humanidade, pois, nela, o autor formulou o princípio da indução científica.
Bacon, tal como Descartes, visou o pragmatismo da ciência e, assim, ambos
criaram uma metodologia para a ação, e não para a mera contemplação.
De
acordo com Bacon, a interpretação empírica do mundo poderia ser contaminada por
ídolos: da tribo, da caverna, da feira, e do teatro. Destes, pode-se
identificar que o próprio autor-filósofo é vítima de, no mínimo, dois deles: os
ídolos da tribo e do teatro. Isso porque Bacon não criticou ou questionou a
religião. Para ele, Deus era como uma moral provisória e abandoná-la era
inseguro.
Dessa
forma, como suas próprias ideias estavam contaminadas por ídolos, pode-se
deduzir o quão difícil – e, talvez, impossível – é desfazer-se deles.
Pesquisadores e cientistas estão, em geral, “contaminados” por hábitos de onde
vivem ou viveram; crenças e superstições adquiridas da religião, da astrologia,
das filosofias, etc. É claro que, ao fazer ciência, deve-se tentar deixar de
lado as próprias subjetividades, mas, às vezes, os ídolos estão presentes mesmo
que inconscientemente.
Nathalia
Neves Escher – 1º ano (noturno)
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