Entre o período colonial e imperial do Brasil, cerca de 4 milhões de escravos, entre homens, mulheres e crianças, foram trazidos do continente africano para o Brasil, sendo que o país foi responsável por mais de um terço de todo o comércio escravista. Em 1888, com a conquista da libertação escravista, a população negra se viu perdida, pois o racismo predominava, portanto eles não tinham oportunidades de emprego decentes. Com isso, eles se viram obrigados a habitar as margens da sociedade, vivendo em condições subumanas.
Atualmente, muito se fala sobre a meritocracia, onde todo mundo tem a mesma oportunidade, anunciando que, por exemplo, só não consegue ingressar em um curso superior quem não se dedica. Porém, sabe-se que a meritocracia no Brasil é um conceito ilusório, utilizado pela elite supremacista branca, pois a desigualdade no país é imensa, mostrando a impossibilidade da concretização de tal ideal.
Em 2012, foi instaurado a lei de cotas, na qual busca incluir minorias nas faculdades públicas, almejando estabelecer a reparação da dívida histórica. Essa ação fez com que, em longo prazo, a equidade aumentasse. Entretanto, outras medidas exequíveis devem ser tomadas com o intuito de atenuar a desarmonia racial no país, como a necessidade de oferta de empregos formais de alto cargo para a população negra, pois, de acordo com o estudo do IBGE, apenas 10% dos negros e pardos ocupam posições de chefia.
Assim, mostra-se a necessidade da conservação e ampliação da lei de cotas no Brasil, tendo como objetivo a oferta de oportunidades para populações desfavorecidas histórica e socialmente.
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