A XI
Jornada de Direito proposta pelo CADIR da UNESP Franca abordou em uma de suas
palestras a revisão da Lei de Cotas em 2022. O fato ser debatido em palestras é
essencial, porém, o pensamento que deu base à proposta de que houvesse uma
revisão, explicita a supressão de direitos conquistados que ocorre na
atualidade.
Os
contribuintes evidenciaram que há a presença de um racismo sistêmico, que
privilegia um Estado patriarcal, capitalista e branco. Esta estruturação vinda
da colonização, que ocorreu no Brasil por parte dos portugueses em 1500, abala
todas as áreas da sociedade até hoje, como a política e a educação, por exemplo.
A
questão da Lei de Cotas deve ser vista como uma forma de auxiliar uma sociedade
que sofre com a desigualdade estrutural, não sendo possível a inclusão de uma
visão meritocrata, uma vez que é revelada a hierarquia de gênero, classe e raça
ocorrente no Brasil. Sendo assim, a iniciativa de uma ´´revisão´´ contribui
para suprimir direitos e manter a atuação racista estabelecida.
Nas
visões de René Descartes e Francis Bacon, a ciência visa o bem do homem, tratar
de sua centralidade como um fator positivo para a modernidade. Ambos os
filósofos convergem suas teorias para o estudo da ciência tendo em vista
transformações sociais.
Diversos
pontos de ambas as teorias são essenciais para possíveis discussões cotidianas,
como, por exemplo, o empirismo proposto como fundamento da ciência, a
instigação da dúvida para a ocorrência de um novo método científico, e, como
citado, a utilização do estudo da ciência para a promoção de transformações sociais.
Sendo
assim, a associação das teorias de René Descartes e Francis Bacon com a pauta
da revisão da Lei de Cotas em 2022 deve acontecer para expor como a busca do
estudo científico junto à iniciativa de promover políticas de equidade levaria
a sociedade a outro nível de discussão.
Dessa forma, seria
possível versar sobre uma nova possibilidade de corpo social, que seria pautado
na equidade e na busca de um método científico que possa abranger novos ideais
sociológicos e, não mais suprimir direitos e promover, ainda, a estruturação
racista e desigual.
Isabella Anjos –
1°Semestre – Diurno.
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